As notificações de casos de dengue triplicaram nos primeiros seis meses de 2015 em comparação com os doze meses do ano passado. Até o momento já foram confirmadas dez mortes, sendo que dois casos ocorreram em Campo Grande, dois em Sonora e um nos municípios de Corumbá, Dourados, Juti, Paranhos, Três Lagoas e Maracaju. Uma morte está sendo investigada em Nova Alvorada do Sul.
Até o momento já foram identificados 27.720 casos de dengue em 2015, enquanto o acumulado do ano anterior somou 9.256 notificações. O aumento é considerável, mas não chega ao estado de calamidade registrado em 2013, quando 102.026 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
Com a maior população do Estado, Campo Grande registrou 5.168 casos da doença, seguindo por Três Lagoas com 1.873 notificações, e Dourados com 1.634 registros. Na proporção entre o total de habitantes e os casos registrados, Iguatemi apresenta o pior cenário do Estado, com 1.280 pessoas que receberam o diagnóstico de dengue.
Apenas as cidades de Bataiporã, Nioaque, Corguinho e Dois Irmãos do Buriti apresentaram baixa incidência de casos e não possuem alerta epidemiológico. Rio Verde de Mato Grosso, Rio Brilhante, Caracol, Camapuã, Jardim, Miranda, Porto Murtinho, Aquidauana, Anastácio, Bodoquena, Terenos, Bela Vista e Figueirão possuem média incidência e os demais municípios estão em estado de alerta.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo. Conforme o Ministério da Saúde, a incidência aumentou 30 vezes nos últimos 50 anos, com ampliação da expansão geográfica para novos países e, na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas morem em países onde a dengue é endêmica.
Para combater os focos de dengue é importante evitar o acúmulo de água, em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. Em caso de suspeita de dengue, a pessoa deverá procurar o serviço de saúde e evitar a automedicação.