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10/11/2016 18:46

Após Brasileiro, Nory fará cirurgia no ombro para iniciar ciclo de 2020 zerado

Em seu último compromisso na temporada, no ginásio de seu clube, Nory vai se apresentar no solo, salto e barra fixa

As queixas de dores começaram em 2015, pouco depois do Mundial de Glasgow. De lá para cá, Arthur Nory passou a ter cuidado ainda maior com o ombro direito. Após consulta médica, não foi detectada a necessidade imediata de uma cirurgia. Mas o trabalho de fisioterapia e a diminuição na carga de treinamento passaram a ser o tratamento. Deu certo. Apesar do incômodo, o ginasta deixou os Jogos Olímpicos do Rio com uma medalha de bronze na prova de solo. Cumpriu ainda os compromissos na Suíça e agora, depois do Campeonato Brasileiro, que está sendo disputado no Pinheiros, fará a operação no próximo dia 18. 

- Ele tem uma lesão não completa no tendão supra espinhal. O tempo de recuperação costuma ser longo porque tendão demora a cicatrizar. Mas não é uma lesão grave. Ele competiu assim na Olimpíada. A estimativa de recuperação é de quatro a seis meses. Ele já fez uma cirurgia no mesmo ombro, mas foi uma lesão no ligamento e no bíceps - disse o médico do COB, Breno Schor. 

Em seu último compromisso na temporada, no ginásio de seu clube, Nory vai se apresentar no solo, salto e barra fixa. O técnico Cristiano Albino ainda tem dúvida se o colocará para competir na prova do cavalo com alças. 

- Após a Olimpíada a gente já tinha conversado com a parte médica e deixei minha posição com relação ao ombro dele. A lesão vinha há bastante tempo e atrapalhou uma melhora maior nos trabalhos. A gente dava dois passos para a frente e voltava um. Mas era uma lesão que não o impossibilitava de fazer as coisas. Fizemos tudo o que foi possível de tratamento e depois de exames mais detalhados, não dava para começar um ciclo novo com o ombro nesse vai e volta.  Após o check-up, foi apontada a necessidade de cirurgia e queríamos fazer logo. Ele vai entrar de férias e voltaria a treinar em janeiro. Acho que vamos poder começar um trabalho físico lá. Como não tempos compromisso de competição inicialmente, o foco será na recuperação, em consertar o que está quebrado - brinca o treinador.   

Cristiano lembra que durante a reta final de preparação para os Jogos nem ele nem Nory temeram pela piora das dores no ombro. 

- O ombro estava sendo controlado e é mais fácil conviver com uma dor rotineira. O medo era de machucar uma outra coisa pouco antes da disputa, numa bobeira. Agora temos um ciclo longo até Tóquio 2020, sabemos que esporte competitivo é duro com o corpo, mas vamos começá-lo zerado.  

Além de Nory, Sérgio Sasaki e Arthur Zanetti também foram submetidos a cirurgias com o mesmo objetivo. 

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