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Top Esporte

05/05/2022 09:08

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Interesse dos brasileiros pela seleção caiu, mas isso pode estar mudando

Brasil tem um nível significativo de favoritismo para erguer a taça da Copa do Qatar

O intervalo entre a Copa do Mundo de 2018 e a de 2022 tem sido marcado pelo desinteresse do torcedor em relação à Seleção Brasileira. De jogos das eliminatórias sem transmissão na TV aberta até a falta de nomes que encantem o público, são vários os sinais de que a mobilização da população do Brasil em torno da equipe é hoje apenas uma sombra em comparação a tempos passados.

Apesar disso, o Brasil tem um nível significativo de favoritismo para erguer a taça da Copa do Qatar no próximo mês de dezembro. Para sa casa de apostas, por exemplo, a Seleção Brasileira é a mais cotada para vencer a final, com leve vantagem sobre Inglaterra e França, que estão empatadas em segundo lugar. Você pode ver no site a cotação das seleções em diversas casas de apostas.

A falta de interesse do torcedor é percebida principalmente através da TV. Em 2021, o Grupo Globo ficou sem a transmissão da Copa América, que pôde ser assistida pelo SBT e pela ESPN. Porém, a competição pouco incomodou a Globo, que só viu perdas maiores de audiência na final entre Brasil e Argentina.

Em novembro de 2020, nenhum canal aberto se interessou em comprar os direitos de transmissão da partida do Brasil contra o Uruguai, terceira força futebolística da América do Sul. O jogo começou às 20h pelo horário de Brasília, e a Globo preferiu não transmitir a causar alterações drásticas nos horários do Jornal Nacional e da novela das 21h.

Além disso, o jogador mais conhecido da atual Seleção Brasileira, Neymar, possui uma imagem muito diferente dos mitos do passado, como Pelé, Zico, Rivelino, Sócrates, Ronaldo, Tostão, Romário e Rivaldo, entre outros. O aspecto de celebridade de Neymar se sobrepõe à paixão que ele desperta com a bola. O camisa 10 está longe de ser unanimidade na opinião pública.

Outro fator a se destacar é que muitos jogadores com qualidade à altura da Seleção Brasileira vão jogar ainda jovens em clubes europeus, o que dificulta que se estabeleça vínculos com o público.

Volta por cima

Mas já há sinais de que a torcida pode estar voltando a dar atenção à Seleção Brasileira. Ao encerrar a campanha das eliminatórias para o Qatar, Tite e a comissão técnica manifestaram uma grande satisfação com o carinho demonstrado por apoiadores durante os treinos.

Nos últimos meses, os treinos ficaram mais abertos à imprensa e ao público. Além disso, os jogadores e o próprio Tite têm se mostrado mais dispostos a selfies e conversas com torcedores. Talvez as mudanças tenham acontecido exatamente para despertar o apoio da população.

Alguns rankings apontam a seleção de Tite como favorita no Qatar. O jornal The Guardian, por exemplo, cita “mistura tremenda de juventude e experiência”. “Com Fabinho e Casemiro marcando, seus assustadores atacantes podem florescer”, prossegue a publicação londrina.

O Brasil teve a melhor campanha das eliminatórias sul-americanas, com a melhor defesa e o melhor ataque. A equipe acumula 45 pontos, 40 gols marcados e apenas cinco sofridos. A Argentina está em segundo lugar, com 39 pontos.

Ambas as seleções ainda têm uma partida para disputar entre si, com o Brasil como mandante – pois a tentativa original de jogá-la foi interrompida por fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) depois que jogadores argentinos desrespeitaram medidas federais contra a covid-19 ao entrar no país.

Os demais classificados para a Copa na América do Sul são Uruguai e Equador. O Peru, em quinto lugar, jogará uma repescagem contra Austrália ou Emirados Árabes.

A Copa terá início no dia 21 de novembro. O Brasil está no grupo G, com Sérvia, Suíça e Camarões.

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