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Neymar, lesão de Messi e pressão dão tom à moda antiga a Brasil x Argentina

12 novembro 2015 - 07h46Por Globo Esporte

Há quase um consenso em Buenos Aires, palco do jogaço desta quinta-feira à noite entre Brasil e Argentina: podem esquecer espetáculo, plástica, arte, espaços... O clássico deverá ser disputado à moda antiga. Ou seja: salvem-se as canelas que puderem. A situação dos anfitriões está bem longe de ser confortável. O início das eliminatórias da Copa de 2018 foi pior que o brasileiro. Juntaram-se a Messi, no departamento médico, os outros principais atacantes, Agüero e Tevez. Portanto, o "estreante" Neymar e companhia podem esperar por 90 minutos doloridos. A partida começa às 22h (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo, do SporTV e do GloboEsporte.com, que começará a acompanhar a movimentação às 20h30.

Neymar será o primeiro do considerado melhor ataque do mundo a estrear na competição, depois de cumprir suspensão pela briga com o árbitro Enrique Osses durante a Copa América. Estrear mesmo. O camisa 10 jamais disputou um jogo de eliminatórias. Seus companheiros de Barcelona só jogarão em 2016. Suárez ainda paga pela mordida em Chiellini, no Mundial do ano passado, e o favorito a conquistar pela quinta vez a Bola de Ouro, Messi, está lesionado.

Essa lesão, somada a outros fatores, torna a partida no Monumental de Nuñez muito mais ríspida do que foram os últimos jogos, com craques a rodo dos dois lados. Veja a seguir cinco razões que tornam ainda mais imperdível o Brasil x Argentina desta quinta-feira.

Sem a genialidade de Messi, os gols de Aguero e a habilidade de Tevez, a referência da seleção argentina passa a ser Mascherano, grande jogador, porém muito mais duro, com foco na destruição e não na criação. Órfão de seus principais atacantes, o técnico Tata Martino deverá manter o sistema tático com três homens de frente, mas muito mais preocupados com a marcação do que seriam os titulares, além de um meio-campo batalhador, fechado, compacto. Os jornalistas que acompanham a seleção local não estão lá muito otimistas em relação ao desempenho dessa equipe, e garantem: será um time mais ríspido.

Se a Argentina sofre com perdas grandiosas, o Brasil comemora a volta de seu maior craque. Neymar fará sua estreia em jogos de eliminatórias de Copa do Mundo, depois de ter sido mero telespectador da derrota para o Chile e da vitória sobre a Venezuela. Em momento brilhante no Barcelona, onde assumiu a responsabilidade de liderar tecnicamente com a lesão de Messi, ele tem índices animadores. Fez gols em sua estreia pela Seleção (2010 contra os Estados Unidos), e nas estreias das Olimpíadas (2012 contra o Egito), Copa das Confederações (2013 contra o Japão) e Copa do Mundo (2014 contra a Croácia). Só passou em branco na Copa América, no empate sem gols com a Venezuela. Será possível manter a escrita na casa dos hermanos?

O Brasil não pode se gabar de muita coisa no panorama recente do futebol mundial, mas um fato é difícil de ser contraposto: a superioridade nos confrontos diante do maior rival. A Argentina tem sofrido bastante. Lembrem-se das finais das edições de 2004 e 2007 da Copa América, quando a Seleção venceu sem ter seus principais jogadores, ou do baile na final da Copa das Confederações de 2005, por exemplo. Mais recentemente, os três Superclássicos das Américas, em 2011, 2012 e 2014, foram conquistados pelo Brasil, sendo que o último apenas três meses depois do 7x1, e com direito a Messi e todos os vice-campeões do mundo em campo.

A última vitória brasileira fora de casa pelas eliminatórias foi, adivinhem contra quem? Argentina, em 2009, na cidade de Messi: 3x1. Dunga era o comandante, e ele, aliás, nunca perdeu o clássico como técnico da equipe principal: são quatro vitórias e um empate.

Eles não admitem, mas se incomodam, e bastante com o jejum, principalmente por também não se tratar de um dos melhores momentos da história do futebol pentacampeão.