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Com 17 anos de estrada, autódromo de Campo Grande já teve bons pegas e morte terrível

Na reabertura do autódromo ontem, três foram atropelados; em 2003, ‘voo da morte’ sacrificou fotógrafo

20 agosto 2018 - 15h10Por Celso Bejarano

Inaugurado 17 anos atrás (5 de agosto de 2001), o autódromo internacional de Campo Grande, tem de sobra históricos de bons pegas na fórmula Truck, Stock Car e de Motovelocidade. Também de episódios desagradáveis com morte.

Num só evento, já juntou ao menos 60 mil espectadores. Pela pista chamada de Orlando Moura, de 3,4 mil metros de extensão já desfilaram expressões internacionais como o ex-piloto de Fórmula 1, Nelsinho Piquet. Em 2002, ele participou lá de uma das etapas da Fórmula 3, bateu o carro no início da prova, recuperou e venceu a competição.

Ontem, domingo, o autódromo, fechado para corridas de Stock Car havia três anos, reabriu em grande estilo, com público de 10 mil pessoas. Mas, de novo, um acidente envolvendo pessoas que trabalhavam no evento quase descoloriu a sétima etapa da temporada da Stock Car, principal categoria de automobilismo brasileira, evento que trouxe para a cidade ainda as etapas da Stock Light e do Campeonato Brasileiro de Marcas.

Na modalidade Light, acidente deixou três pessoas machucadas logo depois de uma desordem durante os pit stops – um sofreu traumatismo craniano moderado, outro leve e a terceira vítima feriu a perna. Veja registro do momento abaixo:

Mas o pior ocorreu em 7 de setembro de 2003, 15 anos atrás, durante a oitava etapa do brasileiro de Stock Car, evento que marcou a morte do fotógrafo e estudante de Jornalismo  Raphael Lima Pereira, à época com 19 anos de idade.

Numa curva logo depois da reta dos boxes, o piloto Gualter Sallles bateu no carro de Nonô Figueiredo, saiu da pista e atingiu o fotógrafo. O carro dele corria a 150 km por hora.

À época, o então diretor da prova, Carlos Montagner, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, disse: “ele [Raphael] foi um pouco irresponsável ao se postar a frente da barreira de pneus. A imprudência, infelizmente, custou caro”.

Naquele ano, Márcio Rodrigues, da Agência Fotocom, que registrou a infeliz cena do acidente, venceu o prêmio Esso de Jornalismo [já extinto] com a fotografia que intitulou como “Voo da Morte”.