Méri Oliveira (fotos: Lalo de Almeida e Luciano Candisani)
O Pantanal sul-mato-grossense, maior planície alagável do mundo, abriga uma biodiversidade única. No entanto, a rica fauna e flora do local estão ameaçadas, principalmente devido aos incêndios devastadores de 2020 e 2024. A exposição Água Pantanal Fogo busca alertar sobre essa destruição.
A exposição, com curadoria de Eder Chiodetto, será exibida em 2025 na Alemanha e Portugal. Com 80 fotos de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, ela destaca o contraste entre a exuberância do Pantanal e os efeitos devastadores das queimadas sobre o ecossistema.
O Documenta Pantanal, responsável pela itinerância da exposição, visa sensibilizar globalmente sobre a crise ambiental no Pantanal. Mônica Guimarães e Teresa Bracher, coordenadoras do projeto, destacam a importância de mostrar a urgência da preservação desse bioma vital para o clima mundial.
A seleção de fotos foi feita com cuidado, sendo 40 imagens de cada fotógrafo. Lalo de Almeida documenta a destruição do Pantanal, e Luciano Candisani revela sua majestade e transformação, com imagens submersas e aéreas. As fotos capturam o impacto das cheias e da degradação ambiental.
A exposição estreou em São Paulo no Instituto Tomie Ohtake em 2024, impactando mais de 15 mil visitantes. Chiodetto, curador da mostra, explica que ela visa provocar reflexão sobre as ameaças ao Pantanal, combinando a tragédia das queimadas com a grandiosidade do bioma.
A curadoria articulou as imagens para criar um diálogo entre vida e morte no Pantanal. As fotos de Candisani e Almeida capturam tanto a beleza do bioma quanto as consequências devastadoras dos incêndios. A exposição segue para Hamburgo e Lisboa, sensibilizando o público global até julho de 2025.