Méri Oliveira (fotos: redes sociais, SOS Pantanal e Fábio Paschoal)
Mato Grosso do Sul chega aos 48 anos vivendo um momento curioso: de uns tempos pra cá, o estado vem ganhando o apelido de "Velho Oeste Brasileiro", e o povo parece ter gostado da ideia. Chapéu, bota, comitiva, tereré tudo ajuda a compor o cenário.
O historiador e influenciador Alexandre Goicochea explica que a comparação tem um fundo histórico. "Durante o governo Vargas, aconteceu a Marcha para o Oeste, um projeto parecido com o dos Estados Unidos. Por isso, tentam emplacar algo assim por aqui", conta.
Mesmo quase 50 anos após a divisão que deu origem a MS, o desafio de consolidar uma identidade cultural forte ainda existe. "Até hoje precisamos reforçar as diferenças e características de MS, porque a divisão foi feita sem participação popular e sem um projeto de estado", explica Goicochea.
O humorista Fred Oshiro diz que o clima é de faroeste até na Capital. "Medo não dá não, até porque o que de pior poderia acontecer? Uma capivara atirar em mim?", brinca. Para ele, o humor é a melhor forma de traduzir o jeito sul-mato-grossense: criativo, irônico e cheio de orgulho.
Para Higor Alexandre, o sul-mato-grossense é, resumidamente, curto e grosso, mas bem-humorado.
Para o chef Bruno Xavier, MS tem gastronomia afetiva e marcante, com várias influências.