Cidades

30/11/2018 19:00

Dnit assume que BR-262 ainda é o maior ‘pepino’ entre as rodovias de MS

Superintendente regional do órgão faz balanço dos percalços e projetos da malha viária no estado

30/11/2018 às 19:00 | Atualizado 01/12/2018 às 07:03 Amanda Amaral
Deivid Correia/Arquivo

Com alguns dos trechos mais complicados de tráfego de veículos em Mato Grosso do Sul, a BR-262 continua sendo alvo constante de reclamações e acidentes. O próprio Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) classifica a rodovia como a pior do Estado, em panorama sobre as obras dos últimos anos e expectativas para o próximo.

Superintendente regional do órgão, Thiago Carim Bucker cita que o maior empecilho continua sendo a falta de repasses, o que pode ser resolvido em breve. No segundo semestre de 2018, foram autorizadas obras em trechos da rodovia que somam R$ 178 milhões.

“A contratação da restauração da BR-262 era um desejo antigo. Alguns pontos poderiam ser melhores e trabalhamos em cima desses locais, como de Água Clara a Três Lagoas, esse é o nosso pior trecho. Sempre precisamos aporte maior pra manutenção das rodovias e, com a lei de teto fiscal gente sofre um pouco, em função do que foi feito no passado de momentos que o estado passou, financeiramente”, avalia.

Ele explica que as obras já iniciadas continuam em ritmo menos acelerado devido à época de chuva, mas não estão paradas. Nesse período chuvoso, também costuma haver prejuízo em trechos onde a malha viária é menos espessa.

Outros pontos

O superintendente cita ainda que, além da 262, outras rodovias federais em MS exigem manutenções ou obras pesadas. “A BR-487 não está a contento, estamos fazendo esforço pra rever as condições por lá. Nós tivemos aí a 376 e a 158 em situações até pouco tempo também fora do satisfatório, mas hoje está bem melhor”, diz.

Contudo, faz balanço do que já foi melhorado desde que assumiu a gestão do departamento, em 2015. Dentro disso, obras estruturais da BR-060, de Chapadão do Sul até o entroncamento com a BR-163, que agora conta com acostamento em boa parte do trecho, mas ainda precisa de aporte financeiro para ser concluída.

“Obras na BR-267, de Jardim a Porto Murtinho, de Dourados até Ponta Porã, recuperamos a travessia urbana de Bela Vista, que era um problema grande, porque tem alto tráfego de caminhões de calcário pesados que estragavam a avenida Teodoro Sativa. Em Três Lagoas concluímos a ponte a Castilho, licitamos dois lotes de construção, pavimentação e implantação da BR-409, um desejo de quatro décadas e importantíssimo pra pecuária do estado”, sintetiza.

Ainda, garante boas expectativas para as finanças em 2019 e o liberação para outros projetos. “Fizemos o que pudemos com o orçamento. Temos alguns projetos esperando, vão ficar pro ano que vem e trabalhamos com a possibilidade, com o TCU (Tribunal de Contas da União), de uma forma de contratação na duplicação da travessia de Ribas do Rio Pardo”.