Cidades

19/01/2019 15:15

Ministério privilegia Mato Grosso e privatização do aeroporto de Campo Grande ainda demora

Ministério informou ser muito difícil privatizar aeroporto da Capital antes de dois anos

19/01/2019 às 15:15 | Atualizado 20/01/2019 às 07:13 Thiago de Souza
Wesley Ortiz

Embora tenha capacidade de apenas 2,3 milhões de passageiros por ano, o Aeroporto Internacional de Campo Grande não entrou no primeiro lote de privatizações anunciadas pelo novo governo federal. Terminal do estado vizinho, o Marechal Rondon, em Várzea Grande (MT), tem capacidade de passageiros  de 5,7 milhões, e já está na mira da iniciativa privada.

A informação é do ministério da Infraestrutura, cujo titular é Tarcísio Gomes de Freitas. Em tese, o aeroporto da capital sul-mato-grossense deveria estar entre as prioridades, já que tem infraestrutura pior que o do estado vizinho. Acrescenta-se o fato que, por conta da copa do mundo no Brasil, em 2014, o terminal no Mato Grosso recebeu investimento de R$ 85,1 milhões.      

Conforme o ministério da Infraestrutura, o raciocínio não é por aí e envolve, claro, os interesses da iniciativa privada. Atualmente existem três blocos de concessão que serão leiloados em março deste ano e um deles é o Aeroporto de Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Alta Floresta e Barra do Garças, neste caso, todos em Mato Grosso.

Ainda segundo o ministério, primeiro é feito um balanço e os terminais são agrupados em blocos de forma que reúna aeroportos com boa capacidade de rentabilidade, média e pequeno potencial de faturamento.

No entanto, diz a assessoria, o arranjo de aeroportos para concessão não é necessariamente por estado ou por região. Ele cita o exemplo do bloco que engloba o aeroporto em Macaé (RJ) com o de Vitória (ES).

Aeroporto de Várzea Grande será privatizado primeiro. (Foto: Reprodução Grupo TT)

Os investimentos previstos para o bloco Centro-Oeste são de R$  791,3 milhões. O prazo de concessão é de 30 anos. O objetivo, segundo o ministério, é que empresas privadas promovam ampliação, manutenção e melhorias na infraestrutura a fim de garantir a qualidade dos serviços e níveis de conforto aos usuários.

Por fim, o ministério informou que em menos de dois anos será pouco provável o terminal em Campo Grande estar nas mãos da iniciativa privada. Os novos blocos de concessão serão informados a partir de março, quando ocorre o leilão do primeiro bloco. Não é garantido que o aeroporto sul-mato-grossense esteja no próximo lote.

Melhorias

Apesar de não ter previsão para ser privatizado, o terminal de Campo Grande vai receber investimentos de R$ 40 milhões. Segundo a Infraero, a capacidade anual de passageiros para o terminal vai aumentar em 80% e chegar a 4,5 milhões.

As obras vão ampliar de 6.200 m² para 10.000 m² a área do aeroporto. A maior parte do investimento vai para a reforma do terminal de passageiros.