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Política

04/01/2019 15:15

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Privatização do ensino superior público gera discussão em Campo Grande

Proposta da equipe de Bolsonaro é a seguinte: instituir uma mensalidade em universidades federais para alunos que possuem maior renda

Desde que o presidente Jair Bolsonaro tocou no assunto de privatização do ensino superior público, o assunto tem sido discutido e questionado por muitas pessoas, mas afinal, ele quer cobrar mensalidade de uma faculdade pública? A proposta da equipe que prepara o plano de governo de Bolsonaro é a seguinte: instituir uma mensalidade em universidades federais para alunos que possuem uma maior renda.

A proposta é que os recursos arrecadados formem um fundo para contribuir nos estudos e financiamento das vagas para estudantes carentes. No entanto, é garantido pela Constituição, o ensino público de forma gratuita. Para que a ocorra à mudança, é necessário que seja aprovado um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) na Câmara e no Senado.

Para muitos campo-grandenses, a proposta não é interessante. Na visão da jornalista e acadêmica de Ciências Sociais, Ariel Dorneles, 27 anos, a privatização ou cobrança de mensalidade de poucos seria uma péssima ideia, considerando que isso gera restrição.

“Privatizar, seja o que for, significa restringir o acesso. Essa restrição é para quem pode pagar. Mas e quem não pode? Pode parecer interessante tirar das mãos do governo porque ele não dá conta de regulamentar. Mas a saída seria criar novas formas de organização e não passar para as mãos de terceiros. O ensino é precário tanto público quanto privado. Recentemente o MEC divulgou o resultado das melhores e piores universidades do país. Lá é possível verificar que nem todas as universidades públicas são ruins e nem todas as particulares são boas. Acho que é um indício de que privatizar não resolve o problema de gestão, apenas segrega quem vai ou não estudar”, comenta.

A acadêmica de direito Bianca Nascimento, 18 anos, concorda com Ariel. Para ela, isso causaria um déficit maior na qualidade do ensino.

“Não tem que ter privatização, vivemos em um país que muita gente não tem dinheiro, eu mesmo sou bolsista. Aqui em Campo Grande e no Estado de uma forma geral, a estrutura e as universidades são poucas”, reforça.

Ariel acredita que caso isso ocorra quem sairá perdendo é quem possui uma renda menor, e que talvez de inicio as pessoas acreditem que seja melhor.

“Creio que algumas pessoas irão se manifestar a favor acreditando que o governo não consegue gerir, no entanto, acho difícil se concretizar, pois, os aparatos jurídicos não parecem permitir esse tipo de conduta. Mesmo assim, quando se passa para uma empresa regulamentar, a empresa vai se preocupar com lucros. Empresa busca lucros, governo tem que buscar o bem estar da população (inclusive econômico)”, finaliza a jornalista, reforçando que é obrigação do governo oferecer suporte no decorrer da graduação, coisa que uma empresa privada não tem.

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