Campo Grande

há 5 anos

Arte urbana ou pichação? 'Sorria' só traz tristeza pra vizinhos de ponto de ônibus

Comerciantes alegam que pichadores estragam o patrimônio público

28/04/2019 às 15:15 | Atualizado 29/04/2019 às 08:32 Dany Nascimento
André de Abreu

Arte urbana ou pichação? Nem o clássico "Sorria", pintado em ponto de ônibus na Rua Calógeras, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Quinze de Novembro, escapa da censura campo-grandense. Apesar de ter se tornado parte do cotidiano, o verbo - com tom motivacional - é alvo de críticas das pessoas que frequentam a região.

Donos de estabelecimentos comerciais próximos ao local destacam que falta policiamento na região e vândalos agem de dia e de noite livremente. Para o Sandoval Miguel de Souza, 51 anos, que possui uma loja na Rua Calógeras, o patrimônio fica a ‘Deus dará’.

“Não tem policiamento, os vândalos vêm, rabiscam o que querem, o ponto de ônibus, o relógio recém-inaugurado do canteiro da Avenida Afonso Pena. Eles fazem o que querem, não tem ninguém para restringir, o Centro da cidade está totalmente abandonado. Dia de sábado, motociclistas passam aqui empinando moto, passam sem capacete, fazem algazarra e ninguém faz a segurança”, diz o vendedor.

Sandoval afirma que falta educação para o povo brasileiro. “Isso é questão de educação, destruir o patrimônio está errado, mas não adianta, eles fazem isso. O ponto está cheio de rabisco, é uma vergonha, fora a cobertura que não adianta de nada, as pessoas correm para dentro da nossa loja quando está chovendo”.

Concordando com as afirmações do vendedor, o pedreiro Wichequi NN, 40 anos, diz que mesmo que a prefeitura realize pintura do local, pichadores estão soltos para voltar a agir. “Eles não respeitam nem algo que pertence a eles mesmos. Isso é feio, até quem faz sabe que está danificando um patrimônio, é uma verdadeira falta de respeito com a cidade”.

A segurança Leda Barbosa, 42 anos, diz que vê o patrimônio sendo destruído. “Isso custa dinheiro, seria bonito se não estivesse todo pichado. É triste, mas essa é a nossa realidade, esse aqui não é o único que está assim”.

Conservação

O TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura da Capital, responsável pelo patrulhamento da Guarda Metropolitana, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.