Polícia

18/05/2019 12:01

PF prende frentista suspeito de abusar de bebê em São Paulo

Detenção ocorreu em ação de combate à pornografia infantil na capital e no interior de São Paulo. Investigação começou após prisão de casal na Europa

18/05/2019 às 12:01 | Atualizado 18/05/2019 às 11:09 Redação/R7
Arquivo TopMídiaNews.

Um frentista de um posto de combustíveis foi preso em flagrante nesta sexta-feira (17), no interior de São Paulo, em uma operação da Polícia Federal para identificar suspeitos de produzir e distribuir arquivos com conteúdo de abuso sexual de crianças e adolescentes na internet. Também foram cumpridos dois mandados de busca em virtude da ação, um deles na capital paulista, na residência de uma mulher que estaria envolvida com o esquema criminoso.

O suspeito, de 33 anos, que não teve a identidade revelada pelos agentes federais para não prejudicar as investigações, reagiu à prisão e tentou destruir computadores que haviam sido apreendidos e seriam analisados pela PF.

Segundo o delegado regional de investigação e combate ao crime organizado da Polícia Federal Marcelo Ivo de Carvalho, o frentista abusou sexualmente da filha, de 7 anos, e de um menino de dois anos, filho da companheira dele.

"Foram verificadas as redes sociais utilizadas por esse indivíduo e coletou-se que ele demonstrava desejo por praticar abusos contra crianças e em relação à sua filha", contou o policial.

O delegado federal demonstrou também surpresa pela descoberta da participação de mulheres no esquema de produção de material pornográfico envolvendo crianças, prática considerada incomum.

"Ele [o preso] mantinha contato com mulheres e as convencia a participar dos vídeos. As mulheres participavam de atos libidinosos, tocavam as crianças e praticavam sexo com elas", declarou o delegado da PF Marcelo Ivo de Carvalho.

O frentista foi indiciado por estupro de vulnerável, além do registro, manutenção e difusão de fotos e imagens de crianças na internet — peritos também encontraram material em sites da darkweb.

Investigação

A investigação teve início em março deste ano, após a prisão de um casal que abusava de crianças da própria família em um país do leste europeu, com o apoio da Interpol. Os suspeitos registravam e compartilhavam vídeos das práticas na internet. 

A partir do material apreendido, os policiais federais observaram que havia conteúdo produzido por brasileiros. O material foi enviado para o serviço de repressão a crimes cibernéticos, em Brasília, para identificar e localizar os suspeitos, em conjunto com a Superintendência da PF em São Paulo.