Polícia

03/08/2019 15:30

Pai e madrasta são presos por tortura e morte de criança

A menina tinha diversas lesões no corpo, como ausência de um pedaço da orelha e úlceras no tornozelo e nas mãos

03/08/2019 às 15:30 | Atualizado 03/08/2019 às 15:02 Rayani Santa Cruz
Rodrigo Jesus da França e Mayara Brito da Silva - Reprodução/PCERJ

A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu na manhã deste sábado (3), pai e madrasta acusados de torturar e matar a filha de seis anos de idade. A criança identificada como Mel Rhayane Ribeiro de Jesus foi torturada até a morte.

De acordo com o G1, Rodrigo Jesus da França (25), confessou que deixava a menina amarrada em casa. Já a madrasta Juliana Mayara Brito da Silva (20), negou ter batido na criança, mas, foi presa em flagrante por omissão.

O pai da menina é acusado de crimes de homicídio qualificado pela tortura e morte. A perícia da Polícia Civil constatou que a menina tinha diversas lesões no corpo, como ausência de um pedaço da orelha, úlceras no tornozelo e nas mãos, aparentando que a menina era constantemente amarrada e chicoteada. 
 
Segundo a polícia, as úlceras mostram que a menina era constantemente amarrada e chicoteada. Os peritos também indicaram que as lesões são antigas. Mel Rhayane também apresentava sinais de desnutrição.

A criança foi inclusive retirada da escola para que os ferimentos não fossem notados, segundo a polícia.

À polícia, o pai explicou que mantinha Mel Rhayane presa e amarrada para corrigir um suposto comportamento sexual da menina. Ele contou que usava uma colher esquentada no fogo para agredi-la.

Ao ser questionado pelos jornalistas, Rodrigo disse que as lesões apresentadas no corpo da filha não eram de tortura.

“Ela botou a mão na minha filha de 2 anos, eu dei uma surra nela. Ela caiu no chão, não fui eu que joguei ela no chão, doutora”, disse ele antes de entrar no carro da Polícia Civil para ser levado para um presídio.

Segundo Rodrigo, o atual companheiro da mãe de Mel Rhayane, Fernanda, a estuprou. Desde então, deixava a filha escondida em casa e até a impedia de ver a meia-irmã.