Política

21/11/2019 17:00

Fábio Trad critica extremismo e diz que vencer polarização é o 'grande desafio da década'

Deputado foi sorteado para discurso de 25 minutos

21/11/2019 às 17:00 | Atualizado 21/11/2019 às 17:03 Thiago de Souza
Câmara dos Deputados

Por 23 minutos o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados, na sessão desta quinta-feira (21), para criticar a radicalismo do pensamento político brasileiro. Trad foi sorteado para discursar por 25 minutos, tempo este dado ao parlamentar uma vez ao ano.

O parlamentar disse que o momento político atual simboliza o triunfo da mediocridade ''que até os medíocres o reconhecem''. Em sua fala, Trad diz que o que se postula na política é ''postura, posição estratégica e compromisso com uma agenda corajosa de transformação do país''.

Sobre os espectros políticos, Fábio analisou o discurso dos pólos e detalhou o que considera impróprio para a política brasileira.

''Terraplanismo de uma direita estranha, que flerta com o folclore e o passadismo da esquerda que traduz uma total inabilidade para sair do labirinto deste mundo tão complexo'', analisou o parlamentar que também é jurista.

No discurso, Trad citou os pobres comuns, que são a maioria no Brasil, que estão perdidos entre a ''olavização esquizofrênica de um conservadorismo obtuso e o empobrecimento conceitual dos postulados de uma esquerda refém de dogmas tão sedutores quanto a fome estampada no rosto de uma criança''.

Apagado na cena política nacional, o Centro também foi alvo de críticas no discurso na Câmara.

''...e o centro? Ah, o centro está sem ''centro'' e por isso sem noção do que é e do que  poderá vir a ser. Busca, é verdade, aqui e ali, encarnar um perfil capaz de enfraquecer a musculatura política dos extremos, mas sem sucesso, por enquanto. Ao menos por ora, a agenda propositiva do centro é uma folha de papel em branco'', declarou o parlamentar.

Trad vê a política como a salvação da própria política em um ambiente tão hostil ao diálogo no Brasil.  

''...mas com ódio e polarizado do jeito que estamos, é um grande retrocesso. Portanto, que a política seja politizada para salvar a própria política da desgraça de morrer pela força bruta de suas próprias mãos'', concluiu Trad.

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