Polícia

09/12/2019 08:57

Assassino de professora vai ter que conviver com bala alojada na cabeça

Ele matou a professora na saída de um baile e atirou contra a própria cabeça

09/12/2019 às 08:57 | Atualizado 09/12/2019 às 09:03 Rayani Santa Cruz
Reprodução/Facebook

O ex-funcionário público Carlos Roberto Felipe, de 59 anos, autor dos disparos de revólver caibre 32 que mataram a professora Ângela Maria Jorge, no dia 30 de novembro, na saída de um baile, em Três Lagoas, sobreviveu à tentativa de suicídio e vai permanecer com a bala alojada na cabeça. 

De acordo com informações do site JPnews, o autor do feminicídio disparou contra a própria cabeça, depois de matar a professora com tiros à queima roupa. Ele sobreviveu, foi socorrido e, após três dias, transferido para a Santa Casa de Campo Grande, onde recebeu alta médica no final de semana.

Carlos Roberto teve parte do couro cabeludo destruído e a orelha direita dilacerada.

A arma usado no crime foi comprada na década de 1990, época em que Carlos Felipe trabalhava como motorista de autoridades da prefeitura de Três Lagoas como assessor de confiança.

O motorista não terá nenhuma sequela do disparo, segundo pessoas próximas a ele. Após receber alta, ele foi levado para a DAM (Delegacia de Atenção a Mulher) da Capital para prestar depoimento. 

Ele deve ser transferido para o presídio de Três Lagoas e responder a inquérito por feminicídio, que tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva. A reportagem não conseguiu localizar um advogado contratado pela família de Carlos Felipe. 

Crime Passional

No hospital de, Carlos teria dito que fez “uma burrice” ao cometer o crime, motivado por ciúme ao se encontrar com Ângela na saída do baile. Ela estaria acompanhada de um amigo, justamente por medo do assédio de Carlos, segundo investigação em andamento na Polícia Civil.

O atirador havia se relacionado por cerca de seis meses com Ângela - ex-diretora da Escola Municipal Bom Jesus, do bairro Jardim Wendrel -, de quem estava separado desde setembro e, inclusive, já com outra namorada, também professora. 

O crime passional foi revelado em um bilhete deixado por ele no carro, em frente ao local do baile, com anúncio da vingança. Na quinta-feira (5), a mãe de Carlos, Maria Felipe, de 88 anos, falou pela primeira vez sobre o caso. Disse que o crime chocou toda a família e que não consegue entender como o filho decidiu matar Ângela. 

Disse, ainda, que “ele tem que pagar pelo que cometeu” e pediu perdão à família da professora.