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05/04/2020 10:47

Trump admite confisco e 'não quer outros países conseguindo máscaras’

Lei de 1950 permite confiscara os equipamentos

05/04/2020 às 10:47 | Atualizado 05/04/2020 às 09:58 Thiago de Souza
Alex Brandon/AP/Shutterstock

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu que fez o confisco de equipamentos de proteção individual que haviam sido comprados por outros países. Ele destacou que a medida é dura, mas que os EUA precisam muitos desses produtos, como máscara, por exemplo. 

"Precisamos das máscaras. Não queremos outros conseguindo máscaras. É por isso que estamos acionando várias vezes o ato de produção de defesa. Você pode até chamar de retaliação porque é isso mesmo. É uma retaliação. Se as empresas não derem o que precisamos para o nosso povo, nós seremos muito duros'', justificou Trump. 

É lei? 

Segundo o site Bem Estar, o Ato de Produção de Defesa passou a vigorar em 20 de março nos EUA em resposta à pandemia. É uma lei dos anos 1950 que permite o direcionamento da produção das empresas privadas. Ela foi criada na época porque os americanos temiam problemas de abastecimento durante a Guerra da Coreia.

O ministro do interior da Alemanha, Andreas Geisel, disse que o governo americano desviou equipamentos que iriam para a Europa e para o Brasil. Autoridades em Berlim alegaram que o embarque das máscaras, produzidas nos EUA, teria sido "confiscado" em Bangcoc, na Tailândia.

Além disso, um grupo de governadores do Nordeste disse que encomendou 600 aparelhos respiradores na China, mas que a carga ficou retida em Miami. Entretanto, a embaixada dos Estados Unidos negou que tenha feito o bloqueio de compra de material.

Nesse sábado (4), a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, informou que não houve confisco de materiais e que, qualquer relatório dizendo isso, não refletia a verdade.