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há 3 anos

MEC adia posse de Dacotelli após 'inconsistências' no currículo dele

Alguns títulos que constam no currículo foram contestados pelas universidades

29/06/2020 às 16:19 | Atualizado 29/06/2020 às 16:09 Thiago de Souza
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A posse de Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação, marcada para esta terça-feira (30), foi adiada pelo Ministério da Educação. O motivo seria a polêmica a respeito dos títulos de doutorado e pós-doutorado que Decotelli diz ter, mas que foram negadas pelas universidades que cursou. 

O adiamento foi divulgado pelo Estado de São Paulo, que diz ter apurado também que o governo avalia se mantém a indicação de Decotelli ao cargo. 
Ainda de acordo com o jornal, a ala militar do governo estaria constrangida com a polêmica e também avalia a repercussão do caso. 

A nomeação de Dacotelli, que é oficial da reserva da Mainha do Brasil, foi  publicada no Diário Oficial depois do nome anunciado. Durante o fim de semana, a crise aumentou e Decotelli chegou a divulgar uma carta mencionando que sua tese de doutorado não teve a defesa autorizada.

"Seria necessário, então, alterar a tese e submetê-la novamente à banca. Contudo, fruto de compromissos no Brasil e, principalmente, do esgotamento dos recursos financeiros pessoais, o ministro viu-se compelido a tomar a difícil decisão de regressar ao país sem o título de Doutor em Administração." Ele também afirmou que iria revisar o trabalho de mestrado na FGV. 

Desde que foi anunciado como novo ministro da Educação, Decotelli passou a ter as informações de seu currículo questionadas. Em um dos casos, a Universidade de Rosário, na Argentina, negou que ele concluiu o doutorado naquela instituição, apesar da informação constar no currículo dele.