Campo Grande

09/09/2020 09:30

Assassino de Carla 'entrou mudo e saiu calado' de audiência com mãe e pai da vítima

Vítima foi achada morta no dia 3 de julho, na esquina da casa onde morava

09/09/2020 às 09:30 | Atualizado 09/09/2020 às 17:00 Thiago de Souza
Reprodução TJMS

Marcos André Vilalba Carvalho, 21 anos, assassino confesso da estudante Carla Santana Magalhães, 25 anos, não quis se pronunciar durante audiência de instrução e julgamento, que ouviu testemunhas selecionadas pela acusação, em Campo Grande. 

A audiência foi realizada de forma virtual, em razão da pandemia, e conduzida pelo juiz Aluízio Pereira do Santos, na tarde desta terça-feira (8). Foram convocadas nove testemunhas, mas uma investigadora da Polícia Civil não compareceu. Todas as oito testemunhas foram ouvidas, inclusive o pai e a mãe de Carla. 

A advogada de Marcos André destacou que a narrativa contida na acusação é improcedente. Ela pediu que fossem dados cinco dias para que a defesa consiga arrolar as testemunhas de defesa e o juiz autorizou. 

A sessão durou cerca de cinco horas e incluiu os relatos também do primo de Carla, uma amiga dela, cunhado da vítima, além do delegado do caso, Carlos Delano, e outros agentes da Polícia Civil. 

O promotor do caso insistiu em ouvir a investigadora que faltou, por isso o juiz concedeu prazo para ouvi-la em outra oportunidade.

Carla sumiu no dia 30 de junho e foi achada morta em 3 de julho. (André de Abreu - Facebook)

Julgamento

Essa foi a primeira audiência de instrução do caso. Carla foi achada morta no dia 3 de julho, na esquina da casa onde morava e também da casa do assassino. 

Durante a fase de inquérito, Marcos André disse que matou a jovem porque ela ignorou um cumprimento dele. Segundo a denúncia, ele a raptou e aplicou um golpe ‘’mata-leão’’ e depois a carregou até a casa dele. Lá, ele usou um objeto para golpear no pescoço, causando a morte. Depois fez sexo vaginal e anal com a vítima já morta. 

Ainda segundo a investigação, Marcos colocou o cadáver de Carla embaixo da cama dele. Três dias depois, jogou o corpo dela no mesmo local em que a pegou. Ainda na fase policial, Marcos relatou que sofre de alcoolismo e quase não lembrava dos detalhes do crime.