Polícia

há 3 anos

OAB/MS aguarda inquérito para apurar conduta ética de advogado que matou PM no trânsito

Ordem não fará a exclusão do advogado sem o devido processo legal, destaca presidente

04/11/2020 às 13:00 | Atualizado 04/11/2020 às 17:03 Nathalia Pelzl
Reprodução redes sociais

Após protesto de amigos e familiares do PM Luciano Abel de Carvalho Nunes, 29 anos, morto em acidente de trânsito provocado pelo advogado Helder da Cunha Rodrigues, 38 anos, a OAB-MS aguarda a remessa dos autos da delegacia para apurar a conduta de Helder. 

Assim que chegar à documentação, conforme assessoria, será instaurado processo para apuração da conduta ética do profissional. Todos os processos ético-disciplinares correm sob sigilo.

Ainda segundo a assessoria, a delegacia que investiga o caso já foi notificada sobre o pedido do inquérito policial.

No dia 26 de outubro, amigos e familiares foram recebidos pelo Presidente da instituição e toda Diretoria, que além de lamentarem a morte do PM, explicaram como funciona a abertura e análise de procedimento ético-disciplinar na instituição.  

O presidente Mansour Elias Karmouche ressaltou que a OAB/MS não fará a exclusão do advogado sem o devido processo legal, dentro dos ditames constitucionais e legais e ainda de que as prerrogativas profissionais são garantidas pela Lei 8.906/94.

O caso 

O policial militar Luciano Abel de Carvalho Nunes, 25 anos, morreu na madrugada do dia 19 de outubro, após um acidente entre carro e moto no bairro Cidade Jardim, em Campo Grande.
Ele estava em uma motocicleta Yamaha XJ6, 300 cilindradas, com placas de Campo Grande e bateu em um veículo Cobalt, de cor branca, com placas Campo Grande. O policial estava de folga.

Helder estava no carro sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e fugiu correndo do local, mas foi preso próximo da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. Ele passou por teste do bafômetro, que constatou 0,79 mm de álcool.

O corpo de Luciano foi lançado e caiu ao lado do carro.