Política

07/05/2021 13:00

Bolsonaristas atacam Simone Tebet por conta da CPI da pandemia

“Bolsominions” acreditam que a CPI é realizada somente para “ferir” Bolsonaro

07/05/2021 às 13:00 | Atualizado 07/05/2021 às 10:34 Rayani Santa Cruz
Senadora foi atacada por bolsonaristas na rede social - Reprodução Twitter/ Simone Tebet

Após senadores alinhados com o governo federal bateram boca com as senadoras da bancada feminina por não concordarem com a participação delas na CPI da pandemia, os seguidores de Jair Bolsonaro passaram a atacar a líder da bancada, Simone Tebet (MDB), nas redes sociais. O assunto chegou a ficar entre os mais comentados do Twitter ontem (6).

Os ‘bolsominions’, como são conhecidos, acreditam que a senadora está tentando prejudicar o governo de Bolsonaro com as participações na CPI. Os senadores investigam se houve negligência e irresponsabilidade na condução da pandemia e os fãs do Messias não aceitam que sequer haja suspeitas de erros na gestão. 

Eles querem que o alvo seja tão e somente os governadores e prefeitos, assim como orientado pelo presidente, que se eximiu de quaisquer incumbências sobre a gestão da pandemia, apontando como culpado o STF (Supremo Tribunal Federal) por ter dado autonomia aos estados e municípios para agir com medidas sanitárias. 

Tebet reafirmou, por diversas vezes, que a bancada feminina é homogênea, tendo inclusive senadoras governistas como o caso de Soraya Thronicke, do PSL, mas mesmo assim foi alvo de diversos ataques.

A parlamentar explicou a jornalistas que a CPI é imparcial e todas as responsabilidades serão apuradas, seja do governo federal, estadual ou municipal. 

“Essa CPI não pode ser parcial. Ela não é tendenciosa: ’eu quero responsabilizar o governo federal’. Não! Nós queremos responsabilizar os responsáveis, sejam eles quais forem. E se nós investigarmos e acharmos indícios de ilegalidade e, portanto, de irresponsabilidade de governadores e prefeitos temos que passar o bastão para as Assembleias Legislativas, para as Câmaras de Vereadores e para o Ministério Público.”