Polícia

11/07/2021 07:00

Polícia 'parou' para investigar caso Camila, obrigada a sexo com cachorro

Camila foi sequestrada por dois homens, na Vila Sobrinho, e levada para um imóvel no dia 18 de junho

11/07/2021 às 07:00 | Atualizado 11/07/2021 às 11:37 Nathalia Pelzl
Camila está em recuperação no hospital de Campo Grande após ataque - Reprodução/Facebook

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) segue investigando e buscando os responsáveis pelo sequestro e estupro da carnavalesca Camila Ferreira, mulher trans de 54 anos. 

Camila foi sequestrada por dois homens, na Vila Sobrinho, e levada para um imóvel no dia 18 de junho. 

A mulher segue sem previsão de alta. A advogada dela, Adriane Cardoso, destacou que Camila está bem debilitada e segue internada no Hospital Universitário. 

“Ela está internada, estado é de muito cuidado, inclusive conversei com o rapaz que cuida dela, ele citou possível contratação de uma enfermeira para acompanhá-la em tudo”, revela. 

Em vídeo, a delegada responsável pelas investigações, Bárbara Alves, destacou que tudo está sendo feito para encontrar os criminosos. Imagens de câmeras de segurança, possíveis testemunhas, entre outros. 

Ela também destacou que o caso corre em segredo de justiça para que tudo seja solucionado rapidamente. 

Assim que tiver mais detalhes e pistas dos criminosos, informações serão repassadas à imprensa. 

ENTENDA 

Conforme apurado pela polícia, Camila foi sequestrada por dois homens, na Vila Sobrinho, e levada para um imóvel no dia 18 de junho. 

Lá, ela sofreu agressões, injúria racial e foi obrigada a ter relações sexuais com um cachorro. 

Depois da sessão de horrores, a vítima foi jogada na rua e os suspeitos fugiram. Ela foi hospitalizada em razão das várias agressões que sofreu. 

APOIO 

A família e amigos de carnavalesca Camila Ferreira organizaram uma carreta no dia 2 de julho.

No vídeo divulgado no Facebook, sobrinha da vítima reforçou que a carreata era por justiça, mais amor e menos ódio. 

“Não é só uma manifestação de justiça pela Camila, manifestação de justiça, paz e união. Camila foi vítima de crime de ódio, a gente não quer que gere mais ódio e segregação. Queremos que um ato de ódio se transforme em milhões de casos de amor, que é o que está acontecendo. Estamos recebendo muito apoio”.