Política

28/11/2022 15:15

Luiz Ovando, Rose Modesto e Tereza Cristina assinam CPI do STF: 'atropelam as leis'

No entanto, não há tempo hábil para instalar comissão este ano

28/11/2022 às 15:15 | Atualizado 28/11/2022 às 17:01 Thiago de Souza
Três deputados do MS assinaram CPI do Abuso - Site Luiz Ovando

Os deputados federais, Luiz Ovando e Tereza Cristina, do Progressistas e Rose Modesto, do União Brasil, assinaram a CPI que vai investigar supostos abusos de membros da cortes superiores, como STF e TSE. Os parlamentares refletem que a Justiça tem atropelado a Constituição. 

O nome oficial da apuração, que ultrapassou as 171 assinaturas necessárias, é CPI do Abuso de Autoridade. Dos três parlamentares do MS que são favoráveis, dois encerram o mandato em janeiro. Somente Luiz Ovando, que é o mais fiel aliado do presidente Jair Bolsonaro, disputou a reeleição e venceu. 

''É um escândalo tudo que o STF e o TSE têm feito com o Brasil e com brasileiros. Um atropelo no que diz respeito às legalidades estabelecidas pela Constituição Federal'', desabafou o deputado. 

Não 

O deputado Fábio Trad, do PSD, declarou, de forma enfática, que foi contra a abertura da comissão. Ele refletiu que o abuso vem justamente de alguns deputados que pedem a investigação. 

''vêm daqueles que querem enfraquecer o único Poder que está tendo coragem de combater o golpismo e a escalada da extrema direita'', refletiu Trad. Dagoberto Nogueira, do PSDB e Vander Loubet, do PT, também são críticos ferrenhos da proposta. Os demais parlamentares - Tio Trutis, do PL; Beto Pereira, não se manifestaram sobre a criação da CPI do STF e TSE. 

A proposta da criação da CPI foi do deputado federal pelo RS, Marcel Van Hattem, do Novo. Ele conseguiu 181 assinaturas, dez a mais que o necesssário. 

Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas, não há tempo hábil para instalar a comissão neste ano. Sendo assim, um novo requerimento terá de ser apresentado em 2023, o que pode fazer o placar favorável à CPI ser alterado.