Polícia

29/03/2023 17:12

Mãe de réu por matar Wesner com compressor no ânus ameaça quem quer justiça (áudio)

Julgamento dos dois acusados ocorre nesta quinta-feira, no Fórum de Campo Grande

29/03/2023 às 17:12 | Atualizado 30/03/2023 às 09:13 Thiago de Souza
Thiago, à esquerda, é réu por matar Wesner (direita) - Reprodução redes sociais

Suellen Begnini Demarco Sena, mãe de Thiago Giovanni Demarco Sena, réu por matar Wesner Moreira da Silva, 17 anos, com um compressor de ar, introduzido no ânus, em 2017, ameaçou uma mulher, que pedia Justiça para o caso. 

O julgamento de Thiago e Willian Enrique Larrea, está marcado para esta quinta-feira (30), no Fórum de Campo Grande. 

Ameaças

Uma moradadora de Bela Vista, aproveitou a proximidade do julgamento e refletiu sobre o caso, em uma postagem no Facebook. Ela desabafou sobre o argumento dos réus, que o adolescente morreu por conta de uma ''brincadeira''. 

''Onde está a brincadeira? E nem é fatalidade e sim brutalidade, onde os agressores tinham que estar presos... Vamos ver amanhã... espero que paguem o que fizeram'', disse a mulher, desejando a condenação dos réus. 

Suelen, que é dona de uma pousada na cidade, se sentiu ofendida pela postagem e enviou um áudio, via WhatsApp para a autora do post. A mãe do réu xingou a trabalhadora de vagabunda e outros nomes impublicáveis e ainda ameaçou ir até o salão. 

''Biscate... você não acha que esse compressor [arma do crime] cabe na sua buc##@*?'', disse a mãe do réu no áudio. Ela ordenou que a mulher parasse de falar sobre o caso ''se não vai aparecer uma pessoa aí na sua porta... ''.  

''Eu não respondo por mim quando eu tenho raiva e é para defender os meus'', esbravejou Suellen na gravação. 

O espaço está aberto para manifestação dos envolvidos, sobretudo Suellen Demarco Senna. A mulher ameaçada disse que está com medo. A família de Thiago é influente na cidade que faz fronteira com o Paraguai. 

O caso 

Wesner era funcionário de um lava a jato, de propriedade de Thiago Sena, na Avenida Interlagos, na Capital. No local, também trabalhava Willian Enrique Larrea, o outro réu no processo. 

Segundo o próprio Wesner disse à polícia, quando estava internado, no dia do crime, Willian pegou um pedaço de pano usado para secar os veículos e começou a bater nele. A vítima pediu para parar com os ataques, mas Larrea prosseguiu. 

Wesner então correu, mas foi perseguido e segurado pelas duas pernas, por Thiago. Willian então introduziu a mangueira do compressor no ânus do adolescente, que passou mal, tamanha a pressão do ar.  

O menor foi socorrido e, por último foi internado na Santa Casa. Ele ficou sete dias em tratamento, mas não resistiu aos intensos ferimentos no intestino, em 14 de fevereiro. 

(Matéria atualizada às 22h48 para alterações de informações)