há 6 horas
Criança de 5 anos fica 12 horas sem comer e recebe alta sem cirurgia da Santa Casa
Mãe denuncia falta de remédios e ortopedistas; além de paralisações de anestesistas
Uma criança de apenas cinco anos ficou dias internada na Santa Casa de Campo Grande, na expectativa de uma cirurgia para um cotovelo quebrado, que não foi realizada. Enquanto isso, o pequeno ficou horas sem comer e com dor, devido à falta de medicamentos adequados.
Para a reportagem do TopMídiaNews, a mãe, Catiane da Silva Garcia, de 29 anos, relatou que o filho, Cauã Michael Garcia Vicente, chegou ao hospital no último sábado (6) e só foi liberado na segunda-feira (8). Durante os dias que esteve no local, eles foram informados que uma cirurgia seria feita no domingo (7), porém ninguém teria ido buscá-lo para o procedimento.
A cirurgia então foi desmarcada e reagendada para a segunda-feira (8), sob a justificativa de que pacientes em estado mais grave estariam recebendo prioridade no atendimento. Porém, ele foi liberado sem o procedimento, apenas com uma tala no braço. Catiene relatou o descaso com a situação tanto com o filho quanto com diversos outros pacientes internados, principalmente na área da ortopedia.
“Muita gente está esperando oito, nove até dez dias por médico ortopedista. E eles alegam que estão demorando para fazer cirurgias nos pacientes porque estão com falta de anestesistas, que estão de greve; falaram para a gente que eles estão faz seis meses praticamente sem receber o pagamento. Então está muito demorado”, denuncia.
Além disso, a mãe relata que um novo raio-X só foi realizado após muita insistência. “Eles queriam dar alta sem nem saber como o braço dele estava. Ficou desde sábado de jejum, falando que iriam operar, e no outro dia tiravam. De sábado até a terça-feira (9), nenhum médico ortopedista apareceu, só técnicas e enfermeiras”.
Catiene relatou também que durante os dias de internação, outros pacientes foram passados ‘na frente’ do filho, com a explicação de que ele não era um caso urgente. Enquanto isso, o menino tomou apenas dipirona para a dor, porque segundo uma das enfermeiras, “não havia prescrição para uma medicação mais forte”.
A reportagem entrou em contato com a Santa Casa e aguarda posicionamento sobre o caso e sobre a greve que algumas especialidades estão, como a de anestesistas e aguarda retorno.