Ciência e Tecnologia

há 7 anos

Novo smart, mais barato, tem bateria que dura dias

O celular foi apresentado pela fabricante na Alemanha, durante a feira de eletrônicos de Berlim (IFA 2016)

05/09/2016 às 13:04 | Atualizado Tech Tudo
Thássius Veloso/TechTudo

A linha Moto Z foi anunciada pela Motorola em junho, num evento nos Estados Unidos. O smartphone comdesign modular ainda não chegou ao Brasil, mas já tem um novo modelo que deve agradar bastante os brasileiros: o Moto Z Play, com especificações mais simples e preço mais em conta. O celular foiapresentado pela fabricante na Alemanha, durante a feira de eletrônicos de Berlim (IFA 2016).

Além da conveniência de permitir a adição de módulos – como a câmera Hasselblad com zoom ótico, de que falarei daqui a pouco –, ele promete autonomia de bateria de 50 horas. Isso mesmo: mais de dois dias sem precisar plugá-lo na tomada, de acordo com a Motorola.

As primeiras impressões do Moto Z Play foram positivas. O processador Snapdragon 625 (octa-core a 2,0 GHz) não apresentou engasgos ao navegar na internet e brincar com outros aplicativos. Claro que, para uma análise mais completa, ainda precisamos testá-lo por um período mais longo e em condições mais cotidianas.

A memória RAM de 3 GB realizou um bom trabalho, ao menos no contato inicial com o smartphoneAndroid. Em tese, ele tem tudo para se sair melhor do que diversos aparelhos que atualmente são intermediário com somente 2 GB de RAM, como é o caso do Moto G 4, outro produto da Motorola.

As tais 50 horas de autonomia de bateria não são feitiçaria, mas sim engenharia e tecnologia. O Moto Z Play tem capacidade para 3.510 mAh na sua bateria, pouco a mais do que o visto no Moto Z Plus vendido nos Estados Unidos. Enquanto isso, o Moto Z convencional oferece 2.600 mAh. Essa bela diferença embasa a promessa da fabricante.

A ficha técnica do Z Play se completa com a tela de 5,5 polegadas e resolução Full HD (1920 x 1080 pixels). Aqui, não se engane: alguns telefones premium já estão no Quad HD, com resolução de 2560 x 1440 pixels. Ainda assim, é uma boa pedida para ver conteúdo, como filmes e séries, em alta definição.

A câmera principal tem 16 megapixels e a frontal, 5 MP. As condições dos testes não foram favoráveis para bater o martelo sobre a qualidade da imagem. Uma coisa, no entanto, é certa: o aplicativo de câmera abriu rapidamente e o foco automático também ocorreu sem engasgos.

O Moto Z Play tem preço sugerido de US$ 408 (R$ 1.622, pelo câmbio de hoje) nos Estados Unidos. Com espessura maior, bateria maior e especificações menores, ele tende a ser uma boa opção para quem abre mão do desempenho do smartphone em prol de um maior tempo de uso.

Junto com o telefone, a Motorola também mostrou pela primeira vez um módulo de câmera fotográfica. Produzido em parceria com a fabricante de câmeras Hasselblad, ele oferece obturador físico e zoom óptico de 10 vezes.

Depois de conectar o módulo por meio de magnetismo (sim, a Motorola usa ímãs para manter os equipamentos juntos!), o aplicativo de câmera fica diferenciado, para mostrar os ajustes avançados da Hasselblad. O número de megapixels cai para 12, porém com possibilidade de maior qualidade.

O módulo da Hasselblad oferece estabilização da imagem tanto em fotos quanto em vídeos, para evitar resultados tremidos. Também salva em arquivo .RAW, aquele que não passa por nenhum tipo de compressão. Os amantes de fotografia certamente vão gostar da novidade.

Tanto o Moto Z Play quanto o MotoSnap da Hasselbald não têm previsão de chegada ao Brasil. A Motorola fará um anúncio para o país em 14 de setembro, mas possivelmente só falará do Moto Z convencional. Vale lembrar que a linha Moto X continuará existindo, de acordo com a fala de um executivo da Motorola brasileira em entrevista exclusiva ao TechTudo.