Polícia

05/01/2017 13:18

'A justiça dos homens foi feita, mas ainda tem a de Deus', diz vítima de PRF

Amigo de Adriano, Agnaldo teve alta ontem da Santa Casa de Campo Grande após passar por cirurgia

05/01/2017 às 13:18 | Atualizado Rodson Willyams
Reprodução / Facebook

Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, uma das vítimas do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, 46 anos, que atirou e matou o empresário Adriano Correia, de 33 anos, no último sábado (31), disse com exclusividade ao TopMidiaNews, que a 'Justiça dos homens' está sendo feita. A fala ocorreu após ele tomar conhecimento da prisão preventiva do policial decretada nesta quinta-feira (5), pela Justiça.

Segundo o amigo de Adriano, a prisão do policial é uma forma dele não sair impune. "Para mim, a Justiça está sendo feita, mais ainda falta a de Deus. Tenho certeza que ele vai pagar. Ele não pode sair impune, o que ele fez, foi um ato grave. Ele tirou a vida de um inocente e destruiu as nossas famílias".

Agnaldo ainda informou, que o policial só compareceu três horas depois do crime na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), da região central, aonde foi registrado a ocorrência. "Lá, no momento do acidente, ele não estava fardado. Três horas depois, ele foi lá fardado. Ele teve tempo de ligar e mudar a cena do crime. Os policiais deviam ter lavado ele na hora, pego a arma dele e não ter dado tempo", denuncia.

A vítima ainda disse à reportagem, que acredita nas ações que serão tomadas pela Justiça. "Vejo que o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário deverão a partir de agora, tomar todas as atitudes que forem necessárias".

Recuperação

Agnaldo ainda revelou que teve alta ontem (4), do Hospital da Santa Casa, a qual estava internado desde o dia 31 de dezembro. No dia do acidente, a caminhonete que Adriano conduzia colidiu com um poste de iluminação pública na Avenida Ernesto Geisel, região central de Campo Grande e teria quebrado o braço. "Sai ontem, já passei por cirurgia, agora vou me recuperar em casa", finaliza a vítima.

Durante a briga, o policial Ricardo Su Moon desferiu diversos disparos de arma de fogo contra o veículo, um dos disparos atingiram o empresário que perdeu o controle do carro, bateu no poste e morreu na hora.

Na batida, Agnaldo acabou batendo quebrando o braço. Dentro do veículo, ainda havia um adolescente de 17 anos, que foi atingido na perna por um dos projéteis realizado pelo policial.