Polícia

25/06/2018 19:52

Trio do DF que roubaria R$ 2,5 milhões de banco em Campo Grande vai continuar preso

Mandante do crime seria um homem que já cumpriu pena na Capital

25/06/2018 às 19:52 | Atualizado Thiago de Souza
Sicredi teve agência invadida por trio do DF - Reprodução OCB MS

A prisão em flagrante de três suspeitos de tentar furtar R$ 2,5 milhões da agência do Sicredi em Campo Grande foi convertida em prisão preventiva, durante audiência de custódia, na manhã desta segunda-feira (25), em Campo Grande. Os três jovens são do Distrito Federal.

Os envolvidos no crime foram contratados, segundo a polícia, no Distrito Federal, por um homem que já teria cumprido pena em Campo Grande. Segundo informado por um deles, seriam pagas as quantias de R$ 200 mil a dois dos integrantes e de R$ 5 mil ao que teria a função de apenas vigiar do lado de fora da agência. Eles também receberam a informação de que haveria R$ 2.5 milhões nos caixas eletrônicos a serem furtados.

A organização do crime foi feita toda por telefone, via grupo criado em aplicativo de mensagens. Faziam parte desse grupo mais dois integrantes, que os presos afirmaram nunca terem visto e que lhes passaram informações detalhadas sobre a agência, como a planta do prédio, fotos do interior do banco e os meios  necessários para burlar o sistema de vigilância, com indicação de quais fios deveriam ser cortados para evitar o acionamento do alarme.

Com o crime todo arquitetado, os suspeitos deixaram Brasília de ônibus na quinta-feira (21). As passagens e estadia em um hotel próximo da rodoviária foram pagas pelos mandantes, bem como o valor de R$ 500 para cobrir eventuais despesas. Nesse mesmo dia, um carro foi deixado para eles nas cercanias do hotel com todo o material necessário para a realização do delito, como esmerilhadeira, pé de cabra, serra, marreta, talhadeira, furadeira, luvas e cordas.

Os assaltantes então receberam a instrução de irem até uma residência no bairro Caiçara, onde confeccionariam uma manta com lona e papel-alumínio para não serem identificados pelos sensores de segurança do banco. Embora não tenham visto o proprietário do imóvel, eles souberam que o mesmo recebeu a quantia de R$ 500 para cedê-lo e que tinha conhecimento do que seria feito no local.

Ação

Os suspeitos chegaram a agência, na avenida Eduardo Elias Zahran,  no final da noite de sábado. O carro em que estavam foi deixado em rua próxima e seguiram a pé até o muro atrás do prédio da instituição financeira.

O primeiro passo, segundo a polícia, foi cortar os fios da cerca elétrica. Dois entraram na agência e um ficou de fora para atuar como vigia.

Um dos criminosos retirou as telhas da cobertura e acessou o forro de laje. No entanto, pisou em um fio e fez o alarme disparar. Foi nesse momento que uma viatura da Polícia Militar passava e ouviu o alerta. Todos tentaram fugir, mas foram capturados ainda no prédio.

O trio foi autuado pelos crimes de associação criminosa e de tentativa de furto qualificado pela escalada e rompimento de obstáculos. A um deles também foi atribuído  o crime de falsa identidade por ter se identificado para os policiais como sendo o irmão adolescente, na tentativa de ser menos responsabilizado pelo crime.

Na audiência, o Ministério Público Estadual pediu pela prisão preventiva, já que os suspeitos não moram aqui, além de haver risco para as investigações.