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Além do Sertanejo

30/07/2017 11:30

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Com mercado amplo e festa todo dia, DJs se unem em Campo Grande

O dance music, flashback e house entram em cena todos os dias

Quem pensa que Campo Grande só tem sertanejo pode se surpreender pela quantidade de baladas que há na Capital, que vão muito além do sertanejo. Uma dessas baladas é o som dos DJs que rola solto por aí em festas fechadas ou comerciais, como são chamadas aquelas que são realizadas com bilheteria.

Pensando nisso, o TopMídiaNews traz a série #AlémdoSertanejo para mostrar que além das milhares de duplas e cantores como Luan Santana, João Bosco e Vinicus, Maria Cecilia e Rodolfo, Jads e Jadson, Bruninho e Davi e outros, também há quem faça um som diferente.

Quem passa em frente à casa no bairro União, nem tem noção que ali, tem um estúdio profissional onde um grupo desses profissionais se reúne toda segunda-feira para o projeto Live DeeJays Campo Grande. O programa é transmitido via internet para o mundo todo e a regra é: só toca eletrônico.

O ‘dono da casa’ é o DJ Tairo, 41 anos, e que desde 1994 trabalha como DJ e com uma empresa de som. “O encontro acontece para ser nosso final de semana, é onde conversamos, rimos, ouvimos o que gostamos e tomamos uma cervejinha”, conta. O projeto Live DeeJays Campo Grande foi criado pelos DJs Macarrão e DJ Ninja, e quem é da área, sempre é bem vindo. 

 “É um projeto não comercial que acontece desde 2010, criado por dois grandes profissionais. Atualmente, aqui neste estúdio, toda segunda, fazemos um encontro onde são quatro DJs e mais um convidado para falarmos de música eletrônica”, conta o DJ Andrezinho Cardoso.

Aos 33 anos, Andrezinho trabalha como operador de áudio em uma rádio comercial onde só toca música evangélica. Mas é DJ há pelo menos 16 anos.

Na bancada ele tem a companhia de Fabinho Neon, 37 anos, atuando há 15 anos como DJ. “E trabalho com isso, vivo disso e de sonorização em festas e eventos”, explica ele sobre a atividade que é uma paixão.

Entre eles o “Rei do Funk”, como é chamado Willian Lins, 37 anos e há 14 anos vivendo só de fazer festa. “Eu toco em festas comerciais, e essas festas só tocam funk”, explica sobre o apelido.

O caçula da turma é Kelison Dias, 30 anos e há dez na estrada. Mas aos poucos vão chegando mais companheiros de mesa como o DJ Rocker, 39 anos, que vive da profissão ou a surpresa da noite. O professor Marcelo Cavalheiro, que é matemático e físico, além de produtor musical, já que ele produz o próprio som.

“Hoje eu já tenho uma oportunidade melhor de tocar o meu som, toco em casas noturnas e mais no interior”, conta ele.

Festa todo dia e balada evangélica

Entre as revelações dos DJs uma não é tão surpresa, mas a maioria garante que Campo Grande tem festa todo dia. “De terça a domingo pelo menos eu sei que tem”, dizem quase que uníssono.

E o público é bem diferenciado. “Tocamos em algumas festas que são evangélicas, outras pentecostais, onde o som é do fogo. A música é ao gosto do cliente, mas de cada quatro festas uma delas é evangélica”, conta Andrezinho.

Tairo garante que nas festas é tudo alegria, com dança e feito conforme o contratante quer. “Não vamos errar e tocar um funk pesadão na festa de quem é religioso”, explica. Segundo eles, a diferença está que não há bebidas. “Mas a pista fica cheia do mesmo jeito”, garante.

Cursos tem valor de R$ 2 mil

Os profissionais sabem que o mercado tem concorrência, mas ainda assim garantem que não há nenhum tipo de rixa. “Tem aquelas fofocas, aquelas coisas, mas não é briga”, diz Fabinho sobre o que é comum em todas as profissões.

Segundo ele, para se tornar DJ não basta tocar na festinha do primo. “Tem cursos, aperfeiçoamento e equipamentos que custam caro. Hoje, um bom curso de DJ custa pelo menos R$ 2 mil e o equipamento inicial vai pelo menos mais uns R$ 5 mil só para iniciar”, contabiliza.

Lives, encontros e meninas nas controladoras

A turma contabiliza pelo menos 150 DJs profissionais em Campo Grande, que ainda não se organizaram em uma associação ou sindicato, mas que um acaba divulgando o trabalho do outro. “Temos lives de segunda a quinta, depois cada um vai para os eventos”, garante Tairo sobre o projeto que também abre espaço para as meninas.

“Há poucas mulheres na profissão, mas as que estão atuando tem respeito no mercado e são bem recebidas”, afirma Fabinho sobre a presença feminina, que inclusive foi destaque em outras edições da nossa live. Aqui somos democráticos, é só chegar”.

Então, se você acha que MS só tem sertanejo, segue o som dos meninos. 

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