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há 7 anos

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Mamão reacende polêmica de mudança de nome do Estado e gera debate pesado

Após o BBB Ilmar Renato falar nacionalmente sobre o tema, internet teve "fogo no parquinho"

“Cena 1: moça vestida de forma muito recatada, que veio do interior, trabalhando na loja mais chique da novela das 7. Eis que perguntam  de onde ela veio. A secretária responde: de Campo Grande,  no Mato Grosso.

Cena 2: atacante pede música no Fantástico por que, segundo Thiago Leifert, marcou três gols no Morenão em Campo Grande, pelo campeonato “mato-grossense”.

Pronto: lá vem os sul-mato-grossenses espumando de ódio contra a falta de cultura geral do mundo.

Mesma história, mesmo enredo, mesmo desfecho, em épocas diferentes: desde 1977  esta mesma ladainha. Com razão, claro. Ninguém gosta de ser confundido com o que não é (mesmo que um dia já tenha sido)”.

 

Opa, Thiago Leifert, mas ele não apresenta o Big Brother Brasil? Pois é, esse texto foi escrito em 2013 pelo contador Cássio Rodrigues Pereira, quando ele já defendia o que ele chama de correção do nome do Estado de Mato Grosso do Sul. E voltou a tona, justamente com o Big Brother, quando o participante Ilmar Renato, ao sair da casa – e ainda lá dentro, falou sobre seu desejo de debater a mudança do nome.

“Foi na festa Pantanal, percebi que é um debate importante para o Estado e que precisamos conversar sobre o assunto”, reafirmou o brother não se abatendo com as críticas. E o fato é que, a exposição em rede nacional trouxe o debate novamente a tona, gerando convergências, divergências e muitas opiniões.

E há pessoas que concordam com ele, como o autor do texto acima. “Não falo mudança, falo correção, porque seria corrigir um erro quando só dividiram e acrescentaram um do Sul no nome”, acredita ele, que há muito defende que o assunto seja debatido. “É um debate apartidário. Não é questão de não saber geografia: Tocantins se separou de Goiás há 25 anos e ninguém se confunde”.

E ele ficou feliz com o debate. “Na minha opinião mudaria sim. Ia resgatar a Cidadania e valorizar nossa história, e nosso povo ia ser bem mais consciente da importância e da beleza do nosso estado. O debate por si só já causa isso”, defende.

O publicitário André Luiz Alves também defende, com plebiscito para que a opinião da população seja ouvida e ainda sugere um nome. “Sou amplamente a favor. Gostaria até de criar um movimento para discutirmos com maior seriedade a questão. O nome atual é equivocado, não existe o contraponto, se o estado vizinho se chamasse Mato Grosso do Norte, não existiria a confusão, que nos remete à insignificância, ao não existir”, explana.

Segundo ele quando o estado foi dividido, o nome escolhido pelos militares foi Campo Grande. “Mas o pessoal de Dourados e de Corumbá viraram os beiços. Então os militares resolveram acatar essa ideia troncha de nomear um sul sem norte, que fica no centro oeste e a confusão está estabelecida para sempre se não houver a mudança”, conta ele lembrando o contexto histórico. “E não adianta falar em geografia, burrice alheia ou coisa assim. O nome é mesmo confuso e remete ao estado vizinho. Sou a favor de um plebiscito para ouvir a população e já deixo aqui o meu nome ideal: Maracajú, em homenagem à grande serra que corta nosso estado por inteiro e que foi o nome escolhido pelos combatentes da revolução constitucionalista de 1932”, defende.

A defesa também tem ressalvas. “E não basta só mudar né, e depois como ficaria a questão dos documentos? Tem tudo isso, é algo que tem que ser estudado com muita calma, diz Karina Rodrigues pensando no lado “prático” para o cidadão.

Quem é contra acredita que é preciso elencar outras prioridades

De elencar outras prioridades como saúde, educação e afins, a questão burocrática, muitas são as justificativas para quem se posiciona contra. A valorização por exemplo, é o que Rodolpho Moraes aponta como necessário para fortalecer o nome.

“Valorizar nossa cultura, reconhecer nossas belezas naturais e fomentar ou difundir nacionalmente o Estado de Mato Grosso do Sul, não precisamos mudar o nome. É necessária uma institucionalização do nome e divulgação. Quem não sabe a diferença entre MS e MT é por ignorância. É a parte do ensino básico. É o mesmo que confundir RS e RN, ou seja, muita ignorância”, crítica.

Marcielle Pires tem a mesma opinião. “Sou contra. Amo Mato Grosso do Sul, talvez porque já cresci com esse nome, mas também porque acho que colocar outra nomenclatura só iria causar mais confusão acrescentando mais uma forma de identificar o Estado ia acabar prejudicando mais, sou a favor de trabalhar pelo reconhecimento do nome que já temos”.

“Larga a mão de mudar o nome do nosso Estado quem nasceu aqui não aceita mudar veja o prejuízo que vai dar ao nosso Estado. Porque quem nao acerta o nome do Estado nunca estudou Geografia”, diz.

E há quem prefira que o debate seja amplo. “Eu gosto do nome Mato Grosso do Sul, acostumei. É chato ter que corrigir as pessoas de fora que tem preguiça e/ou não se importam com o nome correto. Mas não gosto de "Estado do Pantanal". "Estado de Maracaju" soa melhor pra mim”, diz Jordana Moraes.

Quem mora fora sente o baque de ter que corrigir sempre, e quer a mudança mas...

Morando na Bahia, Francisco Siqueira já foi contra, hoje defende a “mudança”. “Eu sou hoje moro em outro estado na Bahia uma boa tarde de população quando me apresento sempre teimam em dizer que sou Mato Grosso. Por mais que reluto em dizer sou do Mato Grosso do Sul”, conta.

A jornalista Mariana Monge também sente o mesmo. “Sou super a favor!! No tempo que morei fora, cansei de ficar explicando que MS e MT são estados diferente. As pessoas insistem que é tudo a mesma coisa e nunca falam certo. Enfim, sou muito a favor. Sem contar que Pantanal é lindo né?”, elogia ela que já morou em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Mas também há quem hoje more em outro estado, e ainda assim se coloque contra. O caso de Ana Laura Cáceres, que mora em Santa Catarina.  “Acho que terão que intensificar aulas de geografia e colocar de volta nas escolas até quem ja se formou. E o Pantanal não e só do Mato Grosso do Sul é do vizinho Mato Grosso também”, acredita.

Em contato com a assessoria do governo do Estado, a informação é que não seria discutido o assunto. Solicitamos números sobre o turismo no Estado e se há estudos de impacto em relação a “confusão” com o Estado vizinho, porém, até o fechamento desta matéria não foi enviada resposta.

E você? O que acha de uma possível “mudança”?

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