A 26ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultura instaurou inquérito civil para apurar a regularidade jurídico-ambiental da unidade frigorífica da empresa JBS, localizada na BR-060, KM 356, em Campo Grande.

O objetivo é avaliar o cumprimento das condicionantes da licença de operação, bem como o efetivo cumprimento da legislação ambiental, em decorrência dos vazamentos de amônias, ocorridos em 06 e 07 de abril.

O processo será conduzido pelo promotor Luz Marina Borges Maciel Pinheiro, conforme diário oficial de terça-feira (20). Em abril, a empresa já havia sido multada em R$ 1 milhão pela PMA (Polícia Militar Ambiental) por conta do acidente, com base no artigo 61 do Decreto Federal 6.541/2008.

Segundo a PMA, mesmo tomando medidas corretivas ao ambiente no local, houve danos à saúde humana, tanto que dezenas de funcionários foram atendidos em postos de saúde e hospitais na cidade.

Acidente

O vazamento do produto químico foi percebido pelos próprios trabalhadores, por volta de 12h30, quando voltavam do horário de almoço. Conforme funcionários que preferiram não se identificar, havia por volta de 3 mil funcionários exercendo normalmente suas funções, quando o cheiro começou a se espalhar.

Apesar de terem treinamento para lidar com esse tipo de circunstância, os funcionários começaram a se dispersar sem ordem, e não contra a corrente de vento, como são orientados. Segundo os relatos, ao menos quatro pessoas desmaiaram antes da chegada de socorro.

Em 10 de junho, o Corpo de Bombeiros chegou a ser chamado para atender nova ocorrência de vazamento de amônia no local. No entanto, se tratava de alarme falso. Uma moradora vizinha ao frigorífico teria sentido um cheiro estranho e acionado o socorro temendo pelo pior.