O fogo tomou conta pela segunda vez de um dos onze vagões que fazem parte da orla ferroviária do Centro de Campo Grande. Moradores e comerciantes relatam que as chamas iniciaram na tarde desta quinta-feira (19), no local que já havia sido incendiado e destruído antes.

O Corpo de Bombeiros foi chamado para atender a ocorrência, a fim de evitar o ressurgimento das chamas, mas não constatou vítimas. “Provavelmente o fogo começou a partir do uso de drogas no vagão e, como há bastante sujeira dentro e o clima é seco, se espalha rapidamente”, afirmou o Capitão Shiroma.

Em 14 de setembro do ano passado, o incêndio atingiu o mesmo vagão no início da manhã, e era ocupado por uma mulher que utilizava o local como abrigo. Toda a estrutura do local foi consumida pelas chamas.

Proprietária de um comércio ao lado do vagão, que não quis ser identificada, comenta que está ‘exausta de tamanho abandono’. “Você imagina, fica lotado de gente, até criança usando droga, fazendo as necessidades fisiológicas aqui, é uma coisa deprimente e insalubre, além de perigosa”, relata.

Obras

Na manhã de hoje, a prefeitura da Capital iniciou obra de revitalização do local, com a retirada de vagões destruídos. Quatro deles devem ser reformados e servir como postos da Guarda Municipal e das secretarias de assistência social, saúde e turismo, e também é prevista troca de iluminação.

A Orla Ferroviária foi reformada em obra que inaugurou no final de 2012, na gestão de Nelsinho Trad. Lá, funcionaram por algum tempo lanchonetes de diversos tipos de comida, mas o investimento apresentou diversas falhas de gestão em pouco tempo, até ser completamente ocupado pela criminalidade.

O local tem 900 metros e se estende da Avenida Mato Grosso à Avenida Afonso Pena com um espaço na área central da cidade, cujos elementos arquitetônicos retratam importante período do desenvolvimento da cidade.