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há 7 anos

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Apenas 62% dos professores são formados na área que ensinam em MS

Disciplinas como filosofia e artes são as mais carentes de profissionais da área

Em Mato Grosso do Sul, apenas 62% dos professores do Ensino Médio são formados nas áreas que ensinam. Os demais, 38%, ou trabalham em área diferente da formação ou acumulam disciplinas relacionadas com seu diploma. O problema é mais grave em matérias como física, química, sociologia, filosofia e arte. Os dados são do Censo Escolar de 2015 e foram tabulados pelo Movimento Todos Pela Educação.

Na comparação com 2012, o quadro praticamente não se alterou e o problema atinge escolas públicas e privadas. De acordo com a Folha de São Paulo, dos 494 mil docentes que trabalham no Ensino Médio, no país, 228 mil atuam em pelo menos uma disciplina para a qual não têm formação. O número de professores com formação adequada em todas as aulas dadas representa 53,7% do total.

Além disso, quase um terço dos profissionais (32,3%) só dá aulas em matérias para as quais não tem formação específica. Outros 14% se desdobram entre a área em que são titulados e outras para as quais não são habilitados. No quadro geral, Mato Grosso do Sul é o 7º estado em melhor distribuição de aulas para professores com formação na área. As primeiras posições são ocupadas pelo Paraná e Distrito Federal, com 73% cada, e Amapá, com 72%.

O cenário é preocupante, ainda mais considerando que a reforma do Ensino Médio, em trâmite no Congresso Nacional, prevê o aprofundamento das aulas por área de conhecimento. Conforme a Folha, os alunos deverão escolher a área de interesse entre Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens, Matemática e ensino técnico. Essa parte flexível deve responder por 40% da grade.

No país, por exemplo, 29,8% das aulas de físicas são lecionadas por profissionais habilitados em matemática. Somente 27% do total tem formação em física. Do outro lado, língua portuguesa é a área com mais profissionais da área trabalhando a disciplina, com estimativa de 74%. Em sociologia, o índice é de apenas 12%, seguido por filosofia com 23% e artes com 26%. Química possui cerca de 44% dos professores com formação específica na área.

Problema atinge todas as redes

Nas escolas privadas, o cenário não é muito diferente, com apenas 58% dos professores com formação em todas as disciplinas que lecionam. A rede federal, que abriga 1,9% dos alunos do Ensino Médio, apresenta os melhores resultados, com 73% dos professores nessas condições. Nas escolas estaduais, que concentram 84% das matrículas dos adolescentes, o percentual é de 53%.

Segundo especialistas, não existe falta de profissionais no mercado, mas a profissão não atrai os formandos, que seguem carreira em outras áreas de atuação. No Brasil, um professor recebe até 39% a menos do que a média das pessoas de outras carreiras com o mesmo nível de escolaridade. No Ensino Fundamental, 41% dos professores dão aulas em matérias para as quais não têm formação.

O PNE (Plano Nacional de Educação) prevê que todos os professores da educação básica possuam formação específica, de nível superior, até 2024. De acordo com a Folha de São Paulo, dos 2,2 milhões de professores do país, aproximadamente 24% dos professores sequer possuem formação de nível superior. Para monitorar essa meta, o Movimento Todos pela Educação faz a análise a partir das disciplinas dadas nas escolas ­e não só da titulação dos professores. 

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