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há 6 anos

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Óleo de cozinha usado se transforma em sabão ecológico nas mãos de detentos em MS

Iniciativa acontece há três meses, envolvendo custodiados que estudam

A alternativa sustentável de transformar óleo comestível residual em sabão ecológico já é realidade na Penitenciária Estadual de Dourados (PED) – o maior presídio do Estado. Os produtos confeccionados pelos detentos a partir dos restos de óleo da cozinha da unidade prisional, além da questão ambiental, estão contribuindo para reforçar a limpeza do local e higiene da massa carcerária.

O projeto Sabão Ecológico é fruto da parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a EE Polo Professora Regina Lúcia Anffe Nunes Betine, responsável pelo ensino nos presídios de Mato Grosso do Sul.

Idealizada e coordenada pela professora Rosemeire Aparecida Nunes de Oliveira, a iniciativa acontece há três meses, envolvendo custodiados que estudam, e, até o momento, já foram produzidos mais de 60 litros de sabão líquido, 50 sabões em barra, 20 litros de sabonete líquido e 12 sabonetes em barra. Até uma marca foi criada para identificar os produtos  “UPEP”, sigla que significa “União dos Professores e Estudantes Prisionais”.

Para iniciarem a produção, os internos assistiram a uma palestra ministrada pela  professora Doutora Rozanna Marques Muzzi, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com o tema “Limpeza doméstica – de volta ao básico”. A especialista apresentou alternativas do uso e reuso de materiais recicláveis.

Segundo a coordenadora do projeto, para a produção os internos utilizam os itens de segurança necessários, como luvas, máscaras e óculos de proteção, já que envolve manuseio de soda cáustica. “Além da fabricação do sabão sustentável, os custodiados ampliam as possibilidades de construção do conhecimento de forma mais completa em diversas disciplinas escolares”, defende.

Ao todo, nove professores participam do projeto multidisciplinar, que envolve os alunos do Ensino Fundamental, do período vespertino.  “A iniciativa teve uma aceitação positiva diante aos participantes, inclusive muitos deles já transmitiram o conhecimento para a própria família”, destaca a idealizadora, ressaltando que a proposta deverá ter adesão de mais professores e alunos.

De acordo com o diretor da PED, Manoel Machado da Silva, os produtos confeccionados estão sendo destinados aos reeducandos que participam do projeto. Mas, conforme o dirigente, a exemplo da equipe escolar, a intenção é ampliar o volume de internos participantes, bem como a quantidade produtos fabricados, possibilitando atender a todas as demandas da penitenciária.

Machado afirma que os benefícios do trabalho são inúmeros. “Oferece ocupação produtiva; conscientiza quanto à possibilidade de reciclar o óleo usado, o que reflete na questão ambiental, e ainda gera economia para a administração”, enfatiza.

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a proposta inteligente desenvolvida na PED permite harmonia e, principalmente, integração e socialização entre os reeducandos. “É uma oportunidade de sair da ociosidade e uma alternativa de ocupação lícita, que poderão utilizar assim que conquistarem a liberdade”, reforça o dirigente.

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