A reunião entre o prefeito Marquinhos Trad, do PSD, representantes da enfermagem e vereadores para tratar sobre o reajuste da categoria terminou sem acordo na manhã deste sábado (24). No entanto, durante o encontro, o prefeito pediu prazo à categoria para resolver, até a próxima quinta-feira (29), a questão apresentando nova proposta. 

Em entrevista ao TopMídiaNews, Marquinhos afirmou que houve mais uma rodada de discussão em que foram apresentadas diversas contrapropostas em relação ao reajuste da categoria. "A partir de agora, faremos um levantamento com essas informações e devemos apresentar uma nova proposta até quinta-feira (29)", disse.
 
No entanto, Marquinhos revelou que a proposta inicial apresentada pelo Executivo provou um 'dissabor' a outra categoria, a dos médicos. "Eles não querem que uma categoria inferior receba mais que eles. Mas nós estamos examinando todas as propostas para chegar a um acordo final". 

A proposta ofertada aos enfermeiros foi a mesma apresentada às outras categorias em que prevê a incorporação de abonos e gratificações ao salários base. Porém, no caso dos médicos, eles não querem porque recebem por meio de plantões.

Indignados 
Representando os enfermeiros, o vereador Hederson Fritz, do PSD, disse que assumiu um compromisso com a categoria e que não teria mais o que conversar com Marquinhos, uma vez, que o acordo sobre o reajuste dos enfermeiros já estava fechado e "inclusive, assinado pelo próprio prefeito e pelos secretários de Finanças e de Saúde".

"Estou conversando com ele [o prefeito] há 65 dias. O resultado da reunião é que não chegamos a um denominador comum. O prefeito pediu prazo até quinta-feira para enviar nova proposta. Mas na segunda-feira (26), faremos uma assembleia com a categoria para saber se eles aceitam dar mais tempo", disse o parlamentar. 

Fritz ainda afirmou que o presidente do Sinmed, Flávio Freitas Barbosa, tem feito pressão na administração municipal por conta do reajuste aos enfermeiros. "Ele [Flávio] disse que se fosse dado reajuste aos enfermeiros entrariam em greve. Mas é importante ressaltar que este posicionamento é apenas do presidente da categoria, e não de todos os médicos, que merecem o reajuste".

E emenda, "mas o que acontece é que 70% dos médicos da rede municipal hoje são contratados e apenas 30% são efetivos, então, incorporação no salários base, no caso deles, não compensa. Ao contrário dos enfermeiros em que 100% são efetivos". 

Ao ser questionado se a categoria dos enfermeiros poderia entrar em grave, Fritz desconversou e disse que "somente a categoria é quem vai decidir se entra ou não em greve". 

Referência 14
Ainda sobre o reajuste dos servidores, o prefeito disse à reportagem que, na quinta-feira (29), também deve encerrar outro caso referente ao reajuste dos servidores da referência 14. 

O Executivo chegou a retirar os dois projetos (enfermagem e referência 14) que foram encaminhados para a Câmara Municipal para votação e aprovação dos vereadores.
 
A justificativa, segundo Fritz, foi que a retirada dos projetos ocorreu porque o município não havia encaminhado um estudo de impacto financeiro, porém, no caso de todas as incorporações, a administração municipal afirma que não gera custos aos cofres públicos, uma vez, que o reajuste real é zero.