A+ A-

sexta, 26 de abril de 2024

Busca

sexta, 26 de abril de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Economia

21/05/2018 08:45

A+ A-

Transportes, Saúde e Despesas Pessoais aumentam em abril e inflação fica em 0,31% na Capital

No acumulado dos quatros primeiros meses do ano, a inflação foi de 0,71%

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) de abril, que representa a inflação da Capital, fechou o mês em 0,31%, de acordo com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp. A taxa superou março deste ano (-0,19%) e se manteve igual ao índice registrado em abril de 2017. O resultado foi puxado pela alta dos grupos Transportes (1,91%), Saúde (0,32%) e Despesas Pessoais (0,14%). Outros quatro grupos tiveram deflações e ajudaram a segurar a elevação do indicador de abril. São eles: Habitação (-0,26%), Educação (-0,09%); Vestuário (-0,24%) e Alimentação (-0,04%).

No acumulado dos quatros primeiros meses do ano, a inflação foi de 0,71%, indicador mais baixo desde o início da série histórica do IPC/CG, em 1994. Nesse período destacam-se com altas inflações os grupos: Despesas Pessoais (3,56%); Habitação (1,82%); Saúde (1,40%); e Vestuário (0,95%).

"Esse resultado continua sinalizando que a inflação da Capital permanece comportada, resultado que só mudará caso ocorram novos problemas no desempenho da economia. As medidas implementadas pelo governo estão dando certo, inclusive, há tendência de mais quedas da taxa Selic, que se encontra atualmente em 6,50%, a menor desde a sua criação", esclarece o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza. Por outro lado, o consumo ainda permanece baixo, motivado por fatores como a alta taxa do desemprego.

No acumulado dos 12 meses, a taxa ficou em 1,96%, ainda bem abaixo da meta inflacionária de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os grupos de maior destaque neste período foram: Despesas Pessoais (5,79%), Habitação (5,15%), Transportes (4,47%) e Saúde (2,28%).

Maiores e menores contribuições

Os 10 "vilões" da inflação, em abril:

• Etanol, com inflação de 7,79% e contribuição de 0,17%;
• Diesel, com inflação de 3,88% e contribuição de 0,12%;
• Pescado fresco, com inflação de 8,43% e participação de 0,09%;
• Calça comprida feminina, com variação de 5,88% e colaboração de 0,07%;
• Mensalidade de clube, com acréscimo de 4,55% e contribuição de 0,06%;
• Acém, com variação de 6,47% e colaboração de 0,05%;
• Leite pasteurizado comprida masculina, com acréscimo de 4,35% e contribuição de 0,05%;
• Hipotensor e hipocolesterínico, com reajuste de 6,58% e participação de 0,04%;
• Cebola, com elevação de 45,24% e colaboração de 0,04%.
• Gasolina, com aumento de 0,79% e participação de 0,03%;

Já os 10 itens que auxiliaram a reter a inflação, com contribuições negativas foram:

• Gás em botijão, com deflação de -1,78%e contribuição de -0,07%;
• Contrafilé, com redução de -12,24% e colaboração de -0,07%;
• Arroz, com diminuição de -6,02% e participação de -0,07%;
• Costela, com decréscimo de -10,33% e contribuição de -0,06%;
• Queijo Muçarela/prato, com baixa de -18,21% e colaboração de -0,05%;
• Blusa, com diminuição de -2,97% e participação de -0,04%;
• Alho, com redução de -34,96% e contribuição de -0,04%;
• Açúcar, com decréscimo de -7,07% e colaboração de -0,04%;
• Sapato masculino, com queda de -5,79% e participação de -0,03%;
• Batata, com baixa de -8,51% e contribuição de -0,03%.

Segmentos

O grupo Habitação, que possui o maior peso de contribuição para o cálculo do índice mensal, apresentou deflação de -0,26%. Entre os destaques de produtos com aumentos de preços neste grupo estão: inseticida 6,52%, detergente 4,05%, esponja de aço 2,93%, entre outros. Quedas de preços ocorreram com: carvão (-6,20%), lustra móveis (-4,59%), amaciante de roupas (-2,83%), entre outros.

O grupo Alimentação registrou deflação de -0,04%, a terceira queda consecutiva do índice este ano. Na avaliação de Celso, esse resultado é reflexo da redução do consumo, motivado por fatores como juros e desemprego. "O cenário da alimentação pode mudar ainda. Em 2017, o Brasil colheu uma supersafra de grãos, possibilitando a estabilização e até baixa de preços de alguns produtos do grupo, mas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos de 2018 deverá ser 7% menor do que a de 2017, não favorecendo a queda da inflação neste grupo", explicou o coordenador do Nepes/Uniderp.

Os maiores aumentos de preços que ocorreram em produtos desse grupo no mês de abril foram com a cebola (45,24%), pimentão (41,94%) e beterraba (36.29%). As maiores reduções foram constatadas com alho (-34,96%), couve-flor (-32,94%), carne enlatada (-23,44%), entre outros.

"O grupo Alimentação é o melhor termômetro para explicar o comportamento da inflação ao longo do ano, pois tem a segunda ponderação na formação do índice inflacionário geral, e tem grande importância para o consumidor. Esse grupo sofre muita influência de fatores climáticos e da sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente, verduras, frutas e legumes. Alguns aos términos das safras, outros diminuem de valor quando entram na fase de colheita," contextualiza o pesquisador.

Dos quinze cortes de carnes bovinas apurados pelo Nepes da Uniderp, cinco tiveram aumentos de preços: coxão mole (7,46%), acém (6,47%), patinho (6,43%), paleta (3,23%) e filé mignon (2,72%). Quedas de valores foram identificadas com fígado (-13,26%), contrafilé (-12,24%), costela (-10,33%), peito (-10,13%), vísceras (-4,95%), músculo (-4,62%), picanha (-2,41%), cupim (-2,04%), lagarto (-1,97%) e alcatra (-0,60%). Quanto aos cortes de carne suína, tiveram elevação o pernil (1,75%) e a costeleta (0,34%); já a bisteca reduziu (-4,58%). O frango resfriado declinou 2,33% e os miúdos reduziram -3,01%.

O grupo Transportes apresentou uma fortíssima alta: 1,91%, motivada por elevações no etanol (7,79%), diesel (3,88%) e passagem de ônibus intermunicipal (3,25%). As principais quedas no ocorreram com passagem de ônibus interestadual (-2,34%) e pneu novo (-1,46%).

O grupo Educação fechou abril com índice de -0,09%, devido a quedas de preços em artigos de papelaria, de (-0,81%).

O grupo Despesas Pessoais que fechou abril com elevação de 0,14%. Os principais produtos/serviços que tiveram aumentos no segmento foram: mensalidade de clube (1,55%), sabonete (0,64%), ingresso de cinema (0,59%), entre outros. Quedas de preços ocorreram com hidratante (-3,86%), creme dental (-3,10%), papel higiênico (-2,21%), entre outros.

O grupo Saúde seguiu o mesmo comportamento de alta moderada e ficou em 0,32%. Alguns produtos com aumentos de preço no setor foram: hipotensor e hipocolesterínico (6,58%), antimicótico e parasiticida (0,72%) e psicotrópico e anorexígeno (0,02%). Itens como analgésico e antitérmico (-5,81%), antialérgico e broncodilatador (-5,23%), radiografia (-3,82%) tiveram as principais reduções.

Completando o estudo, Vestuário encerrou abril com deflação de -0,24%. Os aumentos ocorreram com: calça comprida feminina (5,88%), camisa masculina (2,75%), saia (2,42%), entre outros. Quedas foram registradas com sapato masculino (-5,79%), sandália/chinelo masculino (-3,43%), vestido (-2,99%), entre outros.

IPC/CG

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O IPC busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. A Uniderp divulga mensalmente o IPC/CG via Nepes.

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias
GOVERNO MS DENGUE ABRIL 2024