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12/06/2017 17:00

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Em MS, 46 mil crianças e adolescentes estão em situação de trabalho escravo

Hoje, dia 12 de junho, é comemorado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil

"Trabalhei desde pequeno, nunca morri" ou ainda "é melhor estar trabalhando do que roubando e causando problemas", certamente você já deve ter escutado alguém dizendo isto a uma pessoa. Pois bem, este tipo de pensamento atualmente é considerado equivocado e um mito que destoa da realidade. Hoje, dia 12 de junho, é comemorado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil e estima-se que 46 mil crianças e adolescentes estejam trabalhando em Mato Grosso do Sul.

Segundo a coordenadora do Combate ao Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho e Emprego, Maristela Borges Saravi, os casos de trabalho infantil são detectados mais em cidades do interior, porém, apesar de difícil, é possível encontrar casos em Campo Grande também.

Maristela afirma que um dado feito em 2015, do PED, apontou que Mato Grosso do Sul teria 46 mil crianças e adolescentes trabalhando em situação de escravidão. Porém, a coordenadora pontua que, apesar do elevado número, a pesquisa considerou também aqueles adolescentes que trabalham como menor aprendiz.

"Mas os casos mais comuns que a gente encontra são de crianças e adolescentes que trabalham em lava-jatos, feiras e borracharias. O Ministério do Trabalho fez uma batida em 188 oficinas de borracharia, entre maio e junho, e nós encontramos 22 crianças e adolescentes trabalhando nestas condições, onde o ideal seria que estivessem estudando ou desenvolvendo atividades lúdicas referentes a infância do que trabalhando".

Para a coordenadora, os pensamentos citados inicialmente na matéria já não correspondem com a realidade. "É um mito pensar desta maneira. E nós falamos que quem diz isto foi atingindo triplamente. Primeiramente, porque não a infância que é uma etapa essencial para vida. Na fase adulta, em razão de não ter tido a primeira etapa, pode ter pedido oportunidades de conseguir bons empregos e, na velhice, fica um sentimento de algo que não teve e que não se pode recuperar. Então, a gente divulga essa campanha para as pessoas terem mais conscientização".

O trabalho infantil

Izildina Neto Bueno Barbosa, técnica em referência do Programa de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil da Sedhast, diz que hoje o trabalho infantil é difícil de ser detectado pela população, porque entende este tipo de trabalho por uma questão cultural. "Por exemplo, um tipo de trabalho que pode ser enquadrado seria aquele menino que vende queijo na rua. As pessoas não se dão conta que isto é um trabalho infantil. Por isso a gente precisa combater".

A técnica afirma que a Sedhast realiza um novo levantamento para obter um novo diagnóstico sobre esta questão. "Nós faremos um trabalho quantitativo e qualitativo para identificar melhor esses casos", finaliza.

Informativo

Segundo a campanha, crianças até 13 anos, são completamente proibidos de trabalhar.

De 14 e 15 anos - é permitido o trabalho como menor aprendiz, mas é obrigatório que o adolescente esteja na escola. No caso que não tenha concluído o ensino médio, é necessário que esteja matriculado em curso de aprendizagem profissional e que esteja com os direitos formais trabalhistas garantidos (Lei da Aprendizagem n° 10.097/2000).

De 16 e 17 anos - permitido como empregado aprendiz, estagiário ou autônomo. Proibido para atividades noturnas, insalubres ou perigosas (Decreto n° 6.841/2008).    

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