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16/08/2017 13:35

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Tragédia: sogro de piloto do voo da Chapecoense morre em acidente aéreo

Roger Pinto Molina morreu esta madrugada em um hospital público de Brasília

O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina morreu esta madrugada em um hospital público de Brasília. Molina vivia no Brasil desde 2013, quando pediu asilo político afirmando perseguição por parte do governo boliviano. No último sábado (12), o ultraleve que ele pilotava caiu em Luziânia (GO), região do entorno do Distrito Federal. Único ocupante da aeronave, o ex-senador sofreu múltiplos ferimentos e foi internado com traumatismo cranioencefálico.

Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Molina sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu às 4h43 de hoje (16), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal, onde estava internado desde sábado (12), sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. O corpo do político boliviano foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML).

Chapecoense

Roger Pinto Molina era sogro de Miguel Quiroga, piloto do avião que caiu com a delegação da Chapecoense, em novembro do ano passado, na região de Medellín, na Colômbia

Quiroga era casado com Daniela Quiroga, filha de Molina, e tinha três filhos, o mais novo de apenas quatro meses. Ele também era o proprietário da empresa LaMia. Na época, o ex-senador chegou a pedir perdão às famílias das vítimas do acidente.

"Queremos dizer para os milhões de brasileiros, especificamente para os familiares, filhos, pais e irmãos de Chapecó que sentimos muito. A palavra desculpa não resolve nada. Mas, queremos pedir perdão se foi um acidente que poderia ser evitado ou não. A capacidade e a vontade do nosso filho não está em questão, as investigações vão estabelecer o grau de responsabilidade", disse.

Asilo político

Eleito por um partido de oposição ao presidente boliviano Evo Morales, Molina tornou-se conhecido no Brasil em 2012, quando se refugiou na embaixada brasileira na Bolívia, onde viveu alguns meses na condição de asilado político. Para deixar seu país, o ex-senador precisava da concessão de um salvo-conduto, ou seja, de uma permissão para que pudesse transitar pelo território boliviano sem ser preso.

Como as autoridades bolivianas não concediam a autorização – alegando que o político tentava escapar a um processo por suspeita de causar danos econômicos ao Estado da ordem de US$ 1,7 milhão – funcionários da embaixada brasileira decidiram transportar Molina até o território brasileiro a bordo de um carro oficial, que não foi parado durante todo o trajeto entre La Paz e Corumbá (MS).

A operação foi autorizada pelo então chefe de chancelaria da embaixada, ministro Eduardo Saboia, que substituía, temporariamente, o embaixador brasileiro Marcelo Biato. À época, autoridades do governo boliviano pediram explicações ao Brasil. Em meio à polêmica, o então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pediu demissão do cargo.

A Aeronáutica investiga as causas do acidente. No domingo (13), investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos estiveram no local do acidente para fazer registros fotográficos, coletar documentos e entrevistar pessoas que testemunharam a queda da aeronave.

“O objetivo da investigação realizada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pelos seus serviços regionais é prevenir novas ocorrências com características semelhantes”, diz nota oficial divulgada pelo órgão.

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