Artigo produzido por Wagner Ficher, doutor em Biologia e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), puxou um assunto divulgado em edição de um dos maiores jornais do planeta, o The New York Time, dos EUA. O assunto tem sido debatido há pelo menos uma década entre os profissionais da área: atropelamentos que matam animais por aqui, principalmente no trajeto que liga Campo Grande a Corumbá, trecho de 426,6 km.

Produzido pela repórter Rebecca Boyle, o jornal americano, em recente publicação, sustentou que “no Brasil, animais cruzam um caminho sem retorno”.

O jornal informa ainda que a rodovia BR-262 está entre as mais perigosas do mundo para a vida selvagem. E que o biólogo Wagner Fischer tem monitorado seu triste pedágio há mais de duas décadas.

O dado apurado pelo The New York Time centrou na estatística do professor Fischer, que anotou 930 mortes de animais por atropelamentos num período de quatro anos. Contudo, o estrago provocado pelos acidentes pode ser bem maior. 

Para escapar da estatística macabra, o Estado pôs duas dezenas de radares entre as cidades de Anastácio e Corumbá, a partir dos anos 2000, ação que reduziu os acidentes quase que pela metade.

Ainda de acordo com o levantamento, até a década de 1990 ao menos quatro animais eram mortos por dia na BR-262, trecho entre os municípios de Anastácio a Corumbá. Já do início dos anos 2000 até 2012, o número caíra para três bichos mortos a cada dois dias.

Leia integra da reportagem do The New Yor Times aqui. (em inglês)