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Interior

Presas disputam final de torneio de xadrez nesse final de semana em Campo Grande

Prática foi adotada como forma de incentivar o esporte e reduzir ociosidade no presídio

15 dezembro 2017 - 19h46Por Thiago de Souza

Três internas do Estabelecimento Penal Feminino Carlos Alberto Jonas Giordano, em Corumbá, vão disputar o título do Torneio Estadual Feminino de Xadrez, neste final de semana, em Campo Grande.

As partidas serão no modelo Suíço, com até com até cinco rodadas, dependendo do número de participantes, já que o torneio é aberto. As disputas são realizadas pela Federação Sul-mato-grossense de Xadrez (Fesmax),

As atletas fazem parte do projeto Xadrez que Liberta, realizado no presídio de Corumbá por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário, Conselho da Comunidade e Clube de Xadrez Pantanal.

As vagas no estadual foram conquistadas após competição realizada dentro da unidade prisional. Esta será a segunda vez que reeducandas de Corumbá participam da disputa.

De acordo com a diretora do presídio, Anelize Lázaro de Lima, as aulas do  projeto acontecem em forma de oficinas e contam com a participação de 12 internas, que têm direito à remição de um dia na pena a cada 12 de instrução, conforme critérios estabelecidos pelo juiz da Execução Penal da comarca, André Luiz Monteiro, idealizador da iniciativa, e pela Fesmax.

Para a dirigente, a atividade tem se mostrado muito efetiva, pois contribui para combater a ociosidade, deixando as detentas mais pacientes e disciplinadas.

A detenta Ariane de Oliveira, 27 anos,  é uma das três que participarão do torneio na Capital. Competitiva, ela garante que está preparada para conquistar um lugar no pódio.

“Se entramos em uma competição é para ganhar. Mas entendo que só de participar com a vaga conquistada, já faz a gente acreditar que é capaz”, destaca.

Ariane garante que o esporte tem auxiliado bastante na vida intramuros da prisão.  

“Com o xadrez, sinto que é possível me tornar uma pessoa mais centrada e equilibrada”, afirma, reforçando que pretende continuar a praticar depois que conquistar a liberdade.