O depoimento de Joseilton de Souza Cardozo, agente penitenciário federal que matou com um tiro o jovem Adilson Ferreira dos Santos, no dia 23 de setembro de 2017 durante um show no estacionamento de um shopping da Capital, ficou marcado para o próximo dia 24 de setembro. Ele iria ser ouvido pela Justiça na tarde desta quarta-feira (20), porém com a ausência de duas testemunhas de defesa, o depoimento do agente foi adiado.

Três testemunhas foram arroladas pela defesa e deveriam prestar depoimento nesta quarta-feira ao juiz Carlos Alberto Garcette. As duas que faltaram também são agentes penitenciários federais, porém não estão mais trabalhando em Campo Grande. Eles foram transferidos para Fortaleza e Brasília. A terceira testemunha, uma mulher que estava no show, foi conduzida ao Fórum por meio de condução coercitiva, uma vez que já havia sido intimada para prestar depoimento na audiência anterior e não compareceu.

Ao juiz, a testemunha ouvida informou que não presenciou a briga, mas que percebeu que pouco antes do disparo, havia uma confusão próximo ao camarote do show. 

Segundo o advogado de defesa de Joseilton, José Roberto da Rosa, o depoimento da testemunha só reforça a tese de legítima defesa.''A vítima era maior que meu cliente e ele fez um único disparo para se defender".

O depoimento dos dois agentes penitenciários que estão fora do Estado serão feitos por meio de carta precatória.

Morte

O crime ocorreu no dia 23 de setembro. Na versão do suspeito, houve legítima defesa, já que Joseilton alega que foi agredido pela vítima antes de realizar o disparo.

Já a família da vítima conta que Adilson percebeu o agente se sentindo mal em um dos banheiros químicos do camarote, foi oferecer ajuda e foi atingido com um tiro no peito.

A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu no hospital.