Enquanto número de homicídios, tanto os dolosos quanto os culposos, caem em 2017 em relação ao ano passado, o número de mulheres mortas e agredidas pelos ex-maridos, ou companheiros, aumentou em 2017. A situação não é nova e mostra o desespero de parte das mulheres sul-mato-grossenses.

Conforme a Sejusp/MS (Secretaria de Estado de Segurança Pública), de janeiro a junho de 2016, foram registrados 283 homicídios dolosos- aquele que tem a intenção de matar- desse total, 73 deles aconteceram em Campo Grande. No mesmo período de 2017, foram 242, sendo 46 deles registrados na Capital. Ao todo, foram 41 mortes a menos.

Os homicídios culposos - aquele que não há a intenção de matar - também tiveram um número reduzido, segundo a estatística divulgada pela Sejusp. De janeiro a junho de 2016 foram 13 em todo Mato Grosso do Sul. Já nos seis primeiros meses de 2017, esse número caiu para quatro em todo Estado.

O que mais preocupa são os crimes de violência contra a mulher, como o feminicídio, que são aquelas mortes causadas por ex- maridos, esposos e companheiros de mulheres, que na grande maioria, não aceitam a separação, acabam assassinando as vítimas, que muitas vezes possuem medidas protetivas contra os assassinos, que não respeitam as Leis e as matam as mulheres.

Os números da Sejusp mostram que em 2016, de janeiro a junho foram duas mortes em Campo Grande, 11 no interior, totalizando 13 feminicídios. Nos seis primeiros meses de 2017, o número aumentou, já que na Capital foram constatadas quatro mortes e 11 no interior, subindo para 15 óbitos em todo Estado.

Lembrando que os números de feminicídios são quando confirmam os óbitos. Os crimes registrados como violência doméstica, ainda de acordo com a Sejusp, foram mais de três mil casos apenas nos seis primeiros meses tanto no ano de 2016 como em 2017. 

* Matéria alterada às 12h31 de 3 de junho de 2017 para correção do título da reportagem