Cleiton Jean Sanches Chaves e Isabela de Lima Vilalva, 19 anos, respectivamente funcionário e namorada de Breno Fernando Solon Borges, foram condenados por tráfico interestadual de drogas e armas. A pena dos dois soma 15 anos e sete meses de prisão, incialmente em regime fechado.

Como o processo de Breno, filho da desembargadora Tânia Garcia Borges Freitas, foi desmembrado, já que ele estava internado, somente os dois foram julgados. A pena do serralheiro foi de oito anos, dois meses e 720 dias-multa.

Isabela, que namorava Breno há pelo menos oito meses foi condenada a sete anos, cinco meses e 25 dias-multa.

A decisão foi da juiza Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva, que é juíza substituta da Vara Única de Água Clara.

Para a magistrada, fotos e vídeos retirados do celular de Isabela comprovam que ela e  Cleiton, dias antes da prisão, participaram da preparação do reboque onde foram encontrados 129,8 quilos de maconha e 270 munições de calibre 7.62 e 71 munições de calibre 9 milímetros.

Conforme a sentença, expedida no dia 5 deste mês, Cleiton e Isabela 'foram essenciais na ação criminosa porque conferiam uma aparência de normalidade e legalidade à ação – uma simplesviagem de lazer de um casal, acompanhado de um funcionário''.

(Breno vai ser julgado em separado do funcionário e da namorada - Foto: Reprodução)

Defesa

Cleiton nega que soubesse do entorpecente e das armas e alegou que o vídeo onde aparece preparando a carretinha onde estavam as armas e drogas era inerente ao trabalho que prestava na serralheria de Breno. O réu disse que foi convidado pelo filho da desembargadora para uma viagem ao interior paulista, para participar de um evento de motos.

Isabela também negou saber das armas e drogas. Sobre vídeos e fotos onde aparecem ela segurando armas, ela diz que achou que fossem de mentira.

Convicção

Entre as provas coletadas no processo, a juíza destacou o depoimento de policiais rodoviários federais, que apontaram que Cleiton e Isabela ficam nervosos durante a abordagem, mas não demonstraram surpresa quando a droga e as armas foram descobertas.

A magistrada também destacou que, embora tivessem bons antecedentes, a pena dos dois foi aumentada por conta que o produto do crime era transportado para outro estado. Além disso, ficou comprovado que pela natureza das armas e da droga encontradas, os dois prestava apoio à organização criminosa.

Não conseguimosa contato com a defesa dos condenados.