A operação Júlio de Castilho foi deflagrada nesta sexta-feira (24), entre a Polícia Civil e a Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, para autuar aqueles que furtam energia em comércios e residências na região Oeste da Capital.

De acordo com o gerente de combate as perdas da Energisa, Paulo Roberto, no ano passado, 22 mil pessoas foram autuadas por furto. "A operação é de combate a fraude, em 2016 a concessionária teve 14% de perda no faturamento devido aos furtos. Foram 110 mil consumidores fiscalizados, 22 autuados, que geraram um prejuízo de R$ 146 milhões, R$ 40 milhões só de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)".

Roberto destaca ainda, que o furto de energia gera riscos para o consumidor e pode danificar equipamentos utilizados para a geração de energia. "O furto traz riscos para quem o faz, a ligação clandestina na rede de alta tensão sobrecarrega e caso dano no equipamento, sendo também desleal com aqueles que pagam".

Diversos locais serão vistoriados e segundo a   delegada Christiane Grossi, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, as pessoas flagradas furtando energia serão encaminhadas para a delegacia. "Furtar energia é crime, está previsto no Código Penal e aquele que for flagrado cometendo o crime, será encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimento. Constatada a fraude, o autor responderá criminalmente".

Equipes da Energisa e da polícia estiveram na Rua Ponta Porã, no bairro Panamá, constatando o furto de energia na rede, em um salão que é utilizado para realizar festas. Os técnicos mostraram para as autoridades o desvio de energia feito no padrão e a polícia adentrou no local para conversar com os responsáveis, já que não atenderam os chamados no portão.