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Polícia

25/06/2018 13:10

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PF prende ‘Família Ostentação’ e PM envolvido com tráfico na fronteira de MS

Polícia conseguiu desarticular uma família que comandava uma cidade do Estado

A ‘Operação Laços de Família’ deflagrada na manhã desta segunda-feira (25), conseguiu prender 15 pessoas em Mato Grosso do Sul, sendo que até um PM (Policial Militar) estaria envolvido com o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro na região da fronteira do Estado. Ao todo, em MS, as prisões aconteceram nas cidades de Mundo Novo, Naviraí e Eldorado.

Conforme o delegado federal de Naviraí, Nilson Zoccarato, as investigações começaram há cerca de três anos e desencadeou com a prisão de vários membros que comandavam a região sul do Estado.

“Desarticulamos uma família que comandava a cidade de Mundo Novo. Alguns sem emprego e outros com um salário baixo conseguiam ter uma vida de luxo. Viajavam para outros países, moravam em mansões e tinham veículos caríssimos. Entre os presos, está um policial militar, cujo seu salário era de R$ 4 mil, valor que ele não conseguiria manter a vida luxuosa que levava. A família traficava mais de uma tonelada de maconha por mês”, disse Nilson.

Segundo o Superintendente Regional da PF, Luciano Flores de Lima, a organização que possuía vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital), conseguia lavar o dinheiro do tráfico de drogas com joias, carros caros, além de ‘laranjas’ e empresas de fachada.

“Eles pegavam a droga no Paraguai e distribuíam para outros estados do Brasil. Para lavar o dinheiro, eles usavam empresas de fachada, um exemplo é a esposa de um dos investigados que possuía uma loja de bijuterias, mas passavam milhões pela conta da mulher”, destacou.

O auditor fiscal da Receita Federal, José Maria também conversou com a imprensa e disse que toda operação atacou a parte financeira da organização. 

“A união da PF com a Receita Federal conseguiu atacar a parte financeira da organização. As vezes a investigação pode demorar um pouco, mas que atinja a economia do alvo. Dez empresas de fachada foram encerradas usadas para lavar dinheiro”, destacou José.

Os presos vão responder pelo crime de organização criminosa, tráfico internacional e lavagem de dinheiro. Dos presos, sete serão levados ao presídio federal devido alta periculosidade dos suspeitos.

Operação

A Justiça Federal da 3ª Vara de Campo Grande/MS, em atendimento à representação da Polícia Federal, expediu contra a organização criminosa 20 (vinte) mandados de prisão preventiva, 2 (dois) mandados de prisão temporária, 35 (trinta e cinco) mandados de busca e apreensão em residências e empresas, 136 (centro e trinta e seis) mandados de sequestros de veículos terrestres, 7 (sete) mandados de sequestro de aeronaves (helicópteros), 5 (cinco) mandados de sequestro de embarcações de luxo, 25 (vinte e cinco) mandados de sequestro de imóveis (apartamentos, casas, sítios, imóveis comerciais), os quais estão sendo cumpridos nesta data, em cinco diferentes Estados da Federação (MS, PR, SP, GO e RN).

Além disso, também foi decretado o sequestro geral pela Justiça Federal de todos os bens de 38 investigados, em todo o território nacional, inclusive em nome de suas empresas de fachada.

Durante a investigação, antes da deflagração da operação, a Polícia Federal já tinha conseguido apreender R$ 317.498,16 (trezentos e dezessete mil quatrocentos e noventa e oito reais e dezesseis centavos) em dinheiro; joias avaliadas em R$ 81.334,25 (oitenta e um mil trezentos e trinta e quatro reais e vinte e cinco centavos), 2 (duas) pistolas, 27 (vinte e sete) toneladas de maconha, 2 (duas) caminhonetes DODGE RAM e 11 (onze) veículos de transporte de carga, além de prender em flagrante delito 6 (seis) membros da ORCRIM investigada.

O prejuízo causado à ORCRIM com as apreensões de drogas e veículos durante as investigações foi de pelo menos R$ 61.000.000,00 (sessenta e um milhões de reais), ao que deverão ser acrescentadas as apreensões de aeronaves, veículos terrestres, imóveis, dinheiro e outros bens que serão apreendidos com a deflagração da operação na presente data.

A operação utilizou 211 policiais federais para cumprimento dos mandados judiciais. A Receita Federal procedeu a análise da evolução patrimonial e à identificação de bens e empresas dos envolvidos. As penas somadas dos crimes cometidos atingem aproximadamente 35 anos de prisão.

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