A Polícia Civil identificou uma transexual suspeita de aplicar silicone industrial em uma clínica clandestina no bairro Restinga, em Porto Alegre. A investigação começou no início de dezembro, quando um jovem de Santa Catarina morreu após realizar a aplicação do produto na clínica.
O nome foi divulgado nesta segunda-feira (17) após agentes da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa realizarem buscas na clínica e não encontrarem a responsável. A transexual Bruna Belém da Barra, registrada como Rodrigo da Silva Souza, está com a prisão temporária decretada e é considerada foragida.
Conforme o delegado Eibert Moreira Neto, a negociação do procedimento entre a vítima e a suspeita começou por redes sociais. Carlos Henrique Lacerda recebeu a aplicação no dia 22 de novembro e foi internado no Hospital Conceição. Em 1º de dezembro, morreu vítima de uma embolia orgânica múltipla.
A investigação apurou que Lacerda pagou R$ 2.150 para aplicar o produto nas nádegas. Um áudio interceptado pelos investigadores mostra Lacerda pedindo a aplicação de mais de um litro do produto. A suspeita responde afirmando que pode aplicar até cinco litros.
— As travestis que eu faço, que fazem quatro, cinco litros, elas não ficam nem um dia (em repouso). Elas já saem pra esquina de salto alto — disse Bruna.