A proposta apresentada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com reajuste de 2,94% para os servidores estaduais em Mato Grosso do Sul, será discutida em massa na próxima sexta-feira (7). Em caso de rejeição, uma greve geral não está descartada.

De acordo com o presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Luiz Garcia Santiago, uma assembleia geral será realizada entre as categorias no Fórum dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul, para deliberar sobre a proposta do tucano.

Santiago destaca que, após a assembleia, os sindicatos devem realizar assembleia de forma individual para fazer valer a decisão tomada. “Uma assembleia geral foi convocada com todos os representantes sindicais para discutir a proposta apresentada pelo governador e definir, se rejeitam ou não. Vamos tomar uma decisão em conjunto e, depois, cada sindicato realiza uma assembleia individual para que tudo seja feito conforme a lei”.

Reinaldo ofertou 2,94% de reajuste, que deve ser aplicado apenas a partir do mês de outubro, de forma linear para todos os servidores, sem pagamento retroativo. A decisão de Reinaldo Azambuja foi tomada durante uma reunião entre o governador e 47 representantes sindicais da categoria, que já demonstraram total insatisfação com a sugestão.

O presidente critica as propostas feitas durante campanha eleitoral, que não foram cumpridas até o momento na gestão tucana e afirma que Reinaldo teria reduzido o número de secretarias no início de 2017, gerando economia, mas continua negando as solicitações dos servidores. “Ele cortou secretarias, anunciou que o Estado contaria com uma economia de R$ 34 milhões e continua falando em crise. Ele não está atendendo ninguém. Ele apresenta um projeto de meritocracia, projeto este, que também gera investimento para o Estado”, afirma.

Representando os professores, o novo presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, antecipou ao TopMídiaNews que a proposta de Azambuja deve ser rejeitada pela categoria, levando em consideração que o valor do reajuste esperado seria de 7,64%. “O valor oferecido vai contra a lei que foi aprovada no próprio governo do Azambuja. O valor do reajuste de janeiro seria de 7,64% e o que foi oferecido é muito inferior, acredito que a categoria vai rejeitar”.