A contratação de funcionários pela SAS (Secretaria de Assistência Social) de Campo Grande, virou motivo de questionamento por parte de servidores do órgão. As admissões, que deveriam ser emergenciais, viraram 'rotina' segundo denunciantes, e os novos atuam até em funções 'desnecessárias'. 

A denúncia, recebida por meio do canal Repórter Top, diz que as demissões dos funcionários das entidades Seleta e Omep estão acontecendo, porém, ao mesmo tempo, pessoas são admitidas, principalmente para as funções de motorista, assistentes e coordenador adjunto. Este último cargo, segundo uma funcionária, é desnecessário, segundo as normas operacionais básicas do Recursos Humanos. ''Tem unidades que precisam apenas de coordenador. Não sei qual a justificativa que estão dando para essas contratações'', reclama. 

A admissão de pessoal, nas últimas duas semanas, segundo a servidora, motivou inúmeros questionamentos dentro da secretaria, principalmente a respeito se são funcionários comissionados, ou se fazem parte de alguma outra empresa terceirizada. Houve quem comentasse que havia um trabalhador contratado apenas como forma de pagar dívidas de campanha eleitoral. 

Outro fator que também indigna servidores da SAS é o fato que o prefeito Marquinhos Trad (PSD), havia prometido valorizar os trabalhadores que já atuam no órgão há anos, mas isso não vem sendo feito, já que estão contratando outras pessoas. 

A denúncia, segundo a Prefeitura de Campo Grande, não procede, e afirma que todos os servidores contratados pela SAS fazem parte do organograma da secretaria. Destaca que o órgão não contratou nenhum funcionário para substituir os prestadores de serviço da Omep e Seleta. 

A prefeitura também informou que segue um cronograma de contratações definido em conjunto com o Ministério Público Estadual e a Justiça, na pessoa do juiz David de Oliveira Gomes Filho. 

A reportagem questionou detalhes do cronograma da prefeitura, mas não teve resposta.