A presença do presidente do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) na Câmara Municipal provocou ‘estranheza’ de quem estava no local na manhã desta quinta-feira (21). Isso porque a visita se dá dois dias após o anúncio de que Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Campo Grande foi encaminhado pelos vereadores à prefeitura sem as revisões solicitadas pelo órgão.

Apesar disso, o presidente da Casa de Leis, João Rocha (PSDB), nega que o encontro entre os dois, antes das discussões das pautas do dia entre os parlamentares, tenha tido qualquer ‘clima de tensão’. Ele afirma que houve apenas uma conversa e retribuição de uma visita que fez ao procurador.

”É a primeira vez, contudo, que um presidente de Ministério Público venha até a Câmara, e ele declarou estar em apoio aos vereadores. Até tratamos do assunto Plano Diretor, mas de maneira superficial. Não há qualquer pressão”, afirmou.

O projeto

O Projeto de Lei 594/18, sobre o Plano, deve tramitar de forma normal pela Casa. "Foi dado conhecimento na terça-feira passada (12). O Apoio Legislativo fez todo a tramitação e agora está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator colhe todo o subsídio e faz relatoria final da comissão".

O projeto ainda passa por análise de outras comissões até que siga para discussão e votação em Plenário. "Podemos votar antes do recesso [18 de julho]. Mas o importante é dizer o Plano Diretor não traz prejuízo para a cidade, porque enquanto o outro ainda não é analisado, fica valendo o anterior".