Um grupo de ex-funcionárias da Omep e Seleta realizou protesto em frente à Prefeitura Municipal de Campo Grande em busca de posicionamento do prefeito Marquinhos Trad (PSD) sobre o acerto das verbas rescisórias de quem foi demitido nos últimos dias.
Segundo elas, há a possibilidade de ser feito um acampamento no local. A estimativa é reunir pelo menos 400 mulheres.
“Não deram nenhuma informação e tem gente que foi demitida há um mês, outras há vinte dias e ninguém fala nada, fica um jogo de empurra”, contou uma das demitidas que entrou em contato com a redação.
Segundo uma ex atendente de creche que foi demitida no último dia 10, a falta de informações indigna. “Só falam que vão pagar, protelam de uma semana para a outra e nada. Enquanto isso todos tem contas e precisam sustentar suas casas”, reclama.
O advogado da Senalba (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional ) Rubylan Oliveira foi ao local para conversar com as manifestantes.
Prefeitura aponta para parcelamento
Na semana passada, Trad assumiu a possibilidade de parcelar os valores de rescisões dos contratos dos funcionários da OMEP e Seleta, que tiveram que ser demitidos a pedido do MPE (Ministério Público Estadual). Decisão que Marquinhos chamou de “gol contra”.
Os funcionários terceirizados são todos contratados pelo regime celetista, ou seja, segundo as normas trabalhistas vigentes. O montante a ser gasto com as rescisões ainda não foi apurado com a equipe econômica do Paço, porém, falam-se em até R$ 10 milhões .
“Esse é outro problema que o Município terá", afirmou. Segundo ele, ainda não é possível confirmar o montante, mas a Prefeitura não descarta a possibilidade de parcelar os acertos os funcionários terceirizados demitidos. "Mas não vamos dar o calote em ninguém”, garantiu ele na ocasião.