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19/11/2016 07:00

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Sem receber do IMPCG, hospitais cancelam atendimento e quem mais sofre é o paciente

Prefeitura e instituto não falam sobre o assunto, embora procurados por diversas vezes

Conveniados do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) estão tendo atendimento médico suspenso, pois unidades hospitalares alegam falta de repasse do instituto, que em alguns casos vai de 70 dias a quatro meses. A denúncia já foi feita pelo Topmídianews, mas novas vítimas do descaso surgem a cada dia. 

O caso tem maior gravidade, pois o impasse do convênio surge em um momento em  que o conveniado está fragilizado física e emocionalmente, procurando atendimento médico, com rapidez e qualidade, mas fica diante da falta de respeito e, principalmente de informação dos responsáveis pelo IMPCG.  

A vítima da vez é Ana Alves, 85 anos, em estado grave de saúde, que recorreu ao SUS para ter atendimento. Ana Alves, que é dependente do pai, titular do convênio do IMPGC, buscou atendimento na Santa Casa mas foi informada que o contrato entre o hospital e o instituto não havia sido renovado. Os familiares também procuraram o

Hospital Regional, onde ela ficou dez dias internada, mas pelo SUS,  e não pelo convênio com o instituto municipal, que é descontado em folha.  
Procurada, a Santa Casa informou que só faz o primeiro atendimento em convênio com o IMPCG. Se houver necessidade de internação ou outro procedimento, o paciente é encaminhado ao setor particular, porém, vai arcar com os custos. 

Segundo a família da idosa, que sofre de parkinson, pneumonia, infecção urinária e já foi vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) , é revoltante pagar um convênio e não ter o serviço prestado. "Minha mãe está na UPA Leblon. O atendimento não é ruim, mas ela poderia estar internada, e outra, ela está ocupando o leito de uma pessoa que não tem condições de pagar um tratamento particular'', contou a filha, que não quis se identificar.  

(Santa Casa não renovou convênio como IMPCG e só faz o primeiro atendimento - Foto: Rádio Caçula)

No canal Repórter Top, que o portal mantém nas redes sociais, outros leitores também mostram indignação com a situação. Uma das mensagens na internet diz: ''Eles não pagam as clínicas e hospitais, no mês passado, nada neste mês e sem previsão''. 

Um outro leitor do site, comentou que a esposa, também conveniada com o instituto, teve atendimento médico negado por três vezes e chegou até a ser debitada no atendimento particular. ''Ela me ligou furiosa, contando o que aconteceu'', relatou o esposo. 

A Prefeitura Municipal de Campo Grande e o diretor-presidente do IMPCG, Ricardo Ballock, foram questionados a respeito, hoje e na semana passada, mas não responderam as perguntas. Há um mês atrás, o secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Disney Fernandes, disse que o IMPCG possui déficit mensal de R$ 10 mil, rombo este que é coberto com o dinheiro da Prefeitura. O titular da Seplanfic, disse que a contratação de novos funcionários deve equilibrar as contas do instituto.

Outras reclamações

Na semana passada, quando a matéria foi ao ar, a jornalista Fabíola Camilo,32, denunciou o problema vivido pela mãe dela. ''Vê se pode uma coisa dessas. O usuário tem o convênio, mas não pode usá-lo. A consulta da minha mãe seria amanhã [semana passada]... acontece que a secretária me ligou agora cedo desmarcando... Sabe o motivo? Eles estão sem pagamento há quatro meses’’, desabafou Fabíola. 

Segundo uma das clínicas consultadas, no centro de Campo Grande, um médico desmarcou cerca de 15 consultas, pois não poderia atender sem receber o pagamento.  

 

 

 

 

 

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